PT Leopoldina - Diretório Municipal

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Aprovação de Lula bate novo recorde e chega a 70%, aponta Datafolha

Pesquisa Datafolha divulgada pelo jornal "Folha de S. Paulo" nesta sexta-feira (5) aponta que a avaliação positiva do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, isto é, dos brasileiros que consideram o governo ótimo ou bom, chegou a 70%.

Trata-se de um novo recorde, com Lula alcançando um índice nunca atingido por outro presidente no país desde a redemocratização.

O levantamento foi feito entre os dias 25 e 28 de novembro. A margem de erro máxima é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. Foram ouvidos 3.486 brasileiros com mais de 16 anos em todo o país.

Assim como na pesquisa anterior, quando Lula alcançou um recorde de 64%, o presidente teve avaliação positiva da maioria da população em todos os segmentos socioeconômicos e regiões do país.

Jovens e escolarizados
Nesta nova pesquisa Datafolha chamam a atenção o crescimento do apoio ao ao presidente Lula entre os mais jovens, os mais escolarizados e no Sudeste, com aumento de nove pontos em cada um destes itens. O Nordeste continua sendo a região com maior apoio a Lula: 81% de avaliação ótima ou boa.

Na comparação com a pesquisa anterior, a melhora na avaliação ocorreu principalmente devido à faixa de brasileiros que consideravam seu governo regular. Eram 28% em setembro, agora, são 23%. Outros 7% consideram o governo ruim ou péssimo.

Outros presidentes
O Datafolha mostra ainda qual foi a melhor avaliação de cada um dos presidentes desde Fernando Collor de Mello. Foi considerado o percentual de pessoas que considera o governo "ótimo" ou "bom".
Veja abaixo:
Fernando Collor de Mello (1990-1992): 36%
Itamar Franco (1992-1994): 41%
Fernando Henrique Cardoso (1995-1998): 47%
Fernando Henrique Cardoso (1999-2002): 31%
Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2006): 53%
Luiz Inácio Lula da Silva (2007-2010): 70%

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Resumo dos Jornais

Não deixe de ler diariamente o Resumo dos Jornais no site do PT Leopoldina.

Neste espaço você tem uma oportunidade de se informar de forma rápida e completa com informações de jornais de todo o país.

Basta clicar no link Resumo de Jornais no www.ptleopoldina.com.br

Desemprego é o 2º menor da série histórica e taxa de ocupação cresce, diz IBGE

A taxa de desemprego no país atingiu em outubro o segundo menor patamar da série histórica, iniciada em março de 2002, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (19). A taxa de desocupação ficou praticamente estável durante o mês de outubro na comparação com setembro, segundo a Pesquisa Mensal de Emprego do IBGE.

Já o número de ocupados, estimado em 22,155 milhões nas seis regiões metropolitanas estudadas pelo IBGE, apresentou elevação de 0,8% na comparação com o mês anterior (21,979 milhões de pessoas).Também superou em 4% aquele apurado em outubro de 2007 (21,301 milhões de pessoas). "Ou seja, foram criados cerca de 855 mil postos de trabalho", destacou o IBGE.No mês de outubro, o rendimento médio mensal dos trabalhadores brasileiros foi de R$ 1.258,20. Apesar da queda na comparação com setembro, o valor é 4,5% maior do que o registrado em outubro de 2007.

A taxa de desocupação no mês passado foi de 7,5%, ante 7,6% de setembro. Mas na comparação com outubro de 2007, houve queda de 1,2 ponto porcentual.

A menor taxa já registrada pelo IBGE foi em dezembro do ano passado, de 7,4%.

Das seis regiões metropolitanas investigadas, Porto Alegre teve o menor nível de desocupação no mês passado, de 5,6%. Em seguida, veio Belo Horizonte (5,9%). Em setembro, essas taxas foram de 5,7% e 6,1%, respectivamente. Na casa de 7%, apareceram Rio de Janeiro (7%) e São Paulo (7,7%). Em Recife, a taxa de desemprego situou-se em 8,9%, a mesma marca apurada em setembro. Salvador foi a única localidade com nível de desemprego de dois dígitos, 10,7%.

A população desocupada (1,8 milhão) ficou estável em relação a setembro e caiu 11,8% no confronto com outubro de 2007.

A pesquisa do IBGE é feita nas regiões metropolitanas de Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre.

Com agências

Campanha de regularização das listas de filiados vai até março de 2009

Com a Campanha de Regularização das Listas de Filiados, de 1º de agosto de 2008 a 13 de março de 2009, a CEN pretende sanar a incompatibilidade existente entre as listas de filiados, convergindo a lista do CNF e as listas registradas nos cartório a um denominador comum.

Durante a campanha será realizado um recadastramento para confirmar a filiação daqueles que não estão no CNF, mas constam nas listas informadas aos juízes eleitorais em abril de 2008. As instâncias municipais também farão um “pente fino” para identificar se entre os filiados registrados no CNF existem desfiliados, falecidos, pessoas que mudaram para outras cidades ou se filiaram a outros partidos, tomando as providências necessárias para excluí-los do cadastro.

Para preservar o direito dos filiados e evitar exclusões indiscriminadas, a CEN definiu um procedimento específico a ser obedecido em cada um dos casos de exclusão do Cadastro de Filiados.

Ainda, a partir de novembro, será implantado um sistema informatizado de filiação para que os novos nomes, após aprovados pela respectiva CEM ou CPM, sejam incluídos diretamente no CNF pela instância de base, com assinatura eletrônica, absoluta segurança da informação e ferramentas de gestão que possibilitem a contínua supervisão pelas Secretarias Estaduais de Organização, de forma a identificar desvios e excessos de filiação ou desfiliação.

Clique aqui para acessar o passo a passo do Recadastramento e o tira-dúvidas.

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

PT de Minas Gerais responde ataques de Aécio Neves e defende governo Lula

A Comissão Executiva do Diretório Estadual do PT de Minas Gerais divulgou nota na quinta-feira (6) a respeito das declarações do governador Aécio Neves (PSDB) ao jornal O Estado de São Paulo, onde o tucano mineiro ataca o governo Lula e o PT.

Leia a íntegra do documento:

Nota da Comissão Executiva do Diretório Estadual do Partido dos Trabalhadores de Minas Gerais acerca de declarações recentes do Governador Aécio Neves, sobre o governo Lula e sobre o PT

A Comissão Executiva do Diretório Estadual do PT-MG , reunida em 06 de novembro de 2008, repudia as declarações do governador Aécio Neves hoje publicadas na imprensa, tanto no seu conteúdo, quanto pela sua forma.

No conteúdo, consideramos irresponsáveis e levianas as referências à suposta perversão do governo Lula com o povo brasileiro.

Ou bem o governador compara o governo Lula com o de FHC, ou suas palavras apenas vão soar como uma antecipação da campanha eleitoral de 2010.

Afirmar que as políticas sociais, sobretudo os programas de transferência de renda, se tornaram “instrumento eleitoral” é, no mínimo, desprezar o fato de que a rede de proteção social criada pelo governo Lula está institucionalizada e pressupõe a participação direta dos prefeitos e prefeitas de todos os municípios brasileiros. Independentemente de partidos políticos. Aliás, o governador Aécio Neves se inspirou nesses programas federais para criar o “Poupança Jovem”, que – infelizmente – tem alcance muito restrito e tem servido apenas para o marqueting político do próprio governador.

Repudiamos ainda a afirmação de que os gastos do governo federal são perdulários e servem à “companheirada”. Trata-se de mais um ataque histérico e sem consistência que revela, mais uma vez, a alma neoliberal do governador mineiro. Para ele, o socorro estatal, que significou mais de 3 trilhões de dólares nos cofres dos banqueiros – na crise internacional da bolha hipotecária - deve ser mais legítimo do que garantir uma renda mínima para a população mais pobre.

Finalmente, registramos nosso descontentamento com a forma expressa pelo governador Aécio Neves, na crítica em relação ao presidente Lula e ao governo federal. Suas palavras destoam do tom respeitoso e republicano usado pelo presidente da República, no trato com os chefes de executivo dos estados e municípios. Esperamos que essa forma deselegante de expressão, tenha sido apenas um destempero verbal de quem quer ocupar espaço na mídia nacional.

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Unasul rechaça golpismo na Bolívia e declara apoio unânime a Evo Morales

Após cinco horas de reunião, os nove presidentes sul-americanos que atenderam ao chamado para a reunião de emergência da Unasul (União das Nações Sul-Americanas) no Chile, assinaram declaração conjunto em que condenam o golpismo de grupos de direita na Bolívia e declaram apoio unânime ao presidente Evo Morales e à institucionalidade boliviana.

Participaram do encontro os presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva; da Argentina, Cristina Kirchnér; da Venezuela, Hugo Chávez; do Equador, Rafael Corrêa; do Uruguai, Tabaré Vásquez; do Paraguai, Fernando Lugo; da Colômbia, Álvaro Uribe; o próprio Morales e anfitriã e presidente temporária da Unasul, Michele Bachelet, que convocou a reunião.

A “Declaração de La Moneda” foi lida por Bachelet, que, trajando vermelho, recordou o golpe de Estado que derrubou o presidente Salvador Allende, em 1973, e afirmou que “não existe circunstância alguma que justifique as violações dos direitos humanos por fins políticos”.

Ela também anunciou a criação de uma comissão para investigar “o massacre de Pando”, região onde os opositores de Morales teriam investido violentamente contra comunidades indígenas favoráveis ao governo.

Os presidentes pediram ainda que os “atores políticos e sociais” da Bolívia tomem as medidas necessárias para que cesse a violência, defenderam a “unidade nacional” e a “integridade territorial” do país e rechaçaram “qualquer tentativa de minar estes princípios”.

Em seu pronunciamento ao final da cúpula, Morales destacou a importância de que os problemas latino-americanos “se resolvam entre nós”, sem a presença e a pressão dos Estados Unidos. “O que aconteceu nesses dias foi absolutamente antidemocrático”, disse, concluindo que a direita fascista e racista boliviana “apela para a violência porque sabe que, em uma consulta democrática, perde”.

Leia abaixo a íntegra do documento da Unasul, em espanhol:

DECLARACION DE LA MONEDA Santiago, 15 de septiembre de 2008

Las Jefas y Jefes de Estado y de Gobierno de UNASUR, reunidos en el Palacio de la Moneda, en Santiago de Chile el 15 de Septiembre del 2008, con el propósito de considerar la situación en la República de Bolivia y recordando los trágicos episodios que hace 35 años en este mismo lugar conmocionaron a toda la humanidad;

Considerando que el Tratado Constitutivo de UNASUR, firmado en Brasilia el 23 de mayo del 2008, consagra los principios del irrestricto respeto a la soberanía, a la no injerencia en asuntos internos, a la integridad e inviolabilidad territorial, a la democracia y sus instituciones y al irrestricto respeto a los derechos humanos.

Ante los graves hechos que se registran en la hermana República de Bolivia y en pos del fortalecimiento del diálogo político y la cooperación para el fortalecimiento de la seguridad ciudadana, los países integrantes de UNASUR:

1. Expresan su más pleno y decidido respaldo al Gobierno Constitucional del Presidente Evo Morales, cuyo mandato fue ratificado por una amplia mayoría en el reciente Referéndum.

2. Advierten que sus respectivos Gobiernos rechazan enérgicamente y no reconocerán cualquier situación que implique un intento de golpe civil, la ruptura del orden institucional o que comprometa la integridad territorial de la República de Bolivia.

3. Consecuente con lo anterior, y en consideración a la grave situación que afecta a la hermana República de Bolivia, condenan el ataque a instalaciones gubernamentales y a la fuerza pública por parte de grupos que buscan la desestabilización de la democracia boliviana, exigiendo la pronta devolución de esas instalaciones como condición para el inicio de un proceso de diálogo.

4. A la vez, hacen un llamado a todos los actores políticos y sociales involucrados a que tomen las medidas necesarias para que cesen inmediatamente las acciones de violencia, intimidación y de desacato a la institucionalidad democrática y al orden jurídico establecido.

5. En ese contexto, expresan su más firme condena a la masacre que se vivió en el Departamento de Pando y respaldan el llamado realizado por el Gobierno boliviano para que una Comisión de UNASUR pueda constituirse en ese hermano país para realizar una investigación imparcial que permita esclarecer, a la brevedad, este lamentable suceso y formular recomendaciones, de tal manera de garantizar que el mismo no quede en la impunidad.

6. Instan a todos los miembros de la sociedad boliviana a preservar la unidad nacional y la integridad territorial de ese país, fundamentos básicos de todo Estado, y a rechazar cualquier intento de socavar estos principios.

7. Hacen un llamado al diálogo para establecer las condiciones que permitan superar la actual situación y concertar la búsqueda de una solución sustentable en el marco del pleno respeto al Estado de derecho y al orden legal vigente.

8. En ese sentido, los Presidentes de UNASUR acuerdan crear una Comisión abierta a todos sus miembros, coordinada por la Presidencia Pro Témpore, para acompañar los trabajos de esa mesa de diálogo conducida por el legítimo Gobierno de Bolivia, y

9. Crean una Comisión de apoyo y asistencia al Gobierno de Bolivia, en función de sus requerimientos, incluyendo recursos humanos especializados.

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Em nota da Executiva Nacional, PT reafirma possições sobre Direitos Humanos

A Comissão Executiva Nacional do PT aprovou nesta quarta-feira (27) nota a propósito dos 29 anos da Lei da Anistia – que se completam amanhã – e das posições do partido relativas às questões dos Direitos Humanos. Leia a íntegra:

Nota sobre Direitos Humanos e Anistia

A Comissão Executiva Nacional do Partido dos Trabalhadores, reunida no dia 27 de agosto de 2008, véspera de aniversário da Lei da Anistia, reafirma as resoluções sobre Direitos Humanos aprovadas no 3º Congresso Nacional do PT:

a) crimes contra a humanidade não prescrevem;

b) a Lei da Anistia de 1979 não beneficia quem cometeu crimes como a tortura nem impede o debate público, a busca da verdade e da Justiça;

c) a punição aos violadores de direitos humanos é tarefa da Justiça brasileira. Esperamos que o Poder Judiciário atenda aos reclamos das vítimas, especialmente dos familiares de mortos e desaparecidos.

A Comissão Executiva Nacional repudia os ataques difamatórios feitos por setores conservadores e antidemocráticos contra os companheiros Paulo Vannucchi e Tarso Genro.

Brasília, 27 de agosto de 2008.

Comissão Executiva Nacional do PT

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Lula defende reforma política com financiamento público de campanhas

Ao participar nesta segunda-feira (26) do 18º Congresso Brasileiro de Contabilidade, em Gramado (RS), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu a aprovação de uma reforma política. Na opinião do presidente, o ideal seria que a proposta incluísse o financiamento público das campanhas eleitorais.

“Não é possível que não se entenda que o Brasil precisa fazer uma reforma política. Uma reforma que dê legitimidade aos partidos políticos, acabe com essa história de políticos correrem atrás de empresários para financiar sua campanha quando depois tem que pagar a conta. Quando a melhor forma, seria o financiamento público de campanha”, disse Lula, acrescentando que não é papel do Executivo encabeçar a discussão, mas sim do Legislativo.

Os ministros de Relações Institucionais, José Múcio, e da Justiça, Tarso Genro, levarão nesta quarta-feira (27) as sugestões do governo para a reforma política aos presidentes da Câmara, Arlindo Chinaglia; do Senado, Garibaldi Alves; e da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Cezar Britto.

No evento, Lula pediu ainda o apoio dos contadores para aprovar a reforma tributária, que já está no Congresso, e criticou os parlamentares. Segundo o presidente, todo mundo é favorável a mudar o sistema tributário, mas quando a proposta chega ao Legislativo o cenário não é o mesmo. “Política tributária é uma coisa que todo mundo deseja, todo político em campanha promete. Ela está lá, foi compactuada com todo mundo. Mas quando chega ao Congresso todo mundo é favorável, concorda, mas aí começam a surgir problemas.”

Para Lula, se for realizado “um trabalho sério” é possível aprovar a reforma tributária ainda este ano.

Agência Brasil

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Inflação volta a ficar dentro do limite da meta

A projeção de analistas de mercado para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) voltou a ficar dentro do limite da meta de inflação para este ano. De acordo com o boletim Focus, do Banco Central, a estimativa caiu de 6,54% para 6,45%. Essa é a segunda redução consecutiva.

O centro da meta de inflação é de 4,5%, com margem de dois pontos percentuais para mais ou para menos. Ou seja, o limite superior é de 6,5% e o inferior, de 2,5%. Para 2009, que tem a mesma meta, a projeção dos analistas permanece em 5%.

A expectativa de menor inflação este ano é acompanhada de projeção de maior aperto monetário. De acordo com o boletim, os analistas aumentaram a estimativa para a taxa básica de juros, a Selic, usada pelo Banco Central para controlar a inflação, de 14,50% para 14,75% ao final deste ano. Para 2009, permanece a perspectiva de 14%.Neste ano, o Comitê de Política Monetária (Copom) já elevou a Selic em 1,75 ponto percentual. Atualmente os juros básicos estão em 13% ao ano.

Emprego na indústria tem crescimento de 2,7%

O emprego na indústria cresceu 0,5% em junho, na comparação com o mês de maio. O avanço compensou o recuo de 0,4% nos dois meses anteriores. Com isso, o acumulado no ano ficou em 2,7%, o melhor resultado para um primeiro semestre desde o início da série histórica.

Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário, divulgada hoje (11), pelo Instituto Brasileiro de Geografia eEstatística (IBGE).O estudo mostra também que a estabilidade na folha de pagamento real de junho foi de 0,2% em comparação com o mês anterior.

Entre os 14 locais pesquisados, dez aumentaram o contingente de trabalhadores na indústria. Em primeiro lugar Minas Gerais (5,3%), Região Norte e Centro-Oeste (4,1%) e São Paulo (3,6%).

Destacam-se também os avanços em 12 dos 18 setores avaliados. Empregaram mais em junho o setor de máquinas e equipamentos (10,3%), meios de transporte (9,9%); máquinas, aparelhos eletrodomésticos e de comunicações (12,4%), além de alimentos e bebidas (3,1%).

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Agroindústria cresce de 4,2% no primeiro semestre

A agroindústria cresceu 4,2% no primeiro semestre do ano, num ritmo que se manteve próximo dos 4,8% do mesmo período de 2007. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (6) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Segundo o instituto, o bom desempenho do setor deve-se ao crescimento da safra agrícola, ao aumento do consumo no mercado interno – em razão da melhora da renda do trabalhador – e a um cenário externo favorável à agricultura, com crescimento do volume exportado e dos preços.

O levantamento do IBGE indica que a expansão de 3,2% nos setores associados à agricultura – que exerce maior peso na agroindústria - superou a dos vinculados à pecuária, cujo aumento foi de apenas 1,6%.

“O grupo inseticidas, herbicidas e outros defensivos para uso agropecuário apresentou forte acréscimo (46,6%), por conta, principalmente, do aumento da produção de soja, cana-de-açúcar e milho, lavouras intensivas no uso destes produtos”, informou o instituto.

Segundo a pesquisa do IBGE, os fatores ligados ao bom desempenho da economia, crescimento da safra agrícola e aumento do consumo interno também “contribuíram para a expansão da renda do setor e para o investimento em máquinas e equipamentos agrícolas (que cresceu 43,5%); adubos e fertilizantes (10,3%); e rações (7,5%)”.

Já o baixo crescimento da pecuária (1,6%), está, segundo o IBGE, diretamente ligado “ao embargo às exportações brasileiras de carne bovina pela União Européia, que impactou negativamente a produção de derivados de carne bovina e suína, levando o setor a fechar o semestre negativo em -3,7%”.

Quando analisado em bases trimestrais, os dados do IBGE mostram que a agroindústria apresentou resultados positivos nos dois primeiros períodos de 2008.

Após crescer 6,1% no primeiro trimestre, o setor desacelerou no segundo (2,8%), por conta da redução do ritmo de crescimento da agricultura - que passou de 6,9% para 0,8%, enquanto a pecuária mostrou movimento inverso (de –1,0% para 4,4%).

O Levantamento Sistemático da Produção Agrícola, também pesquisado pelo IBGE, estima para este ano safra recorde de 143,6 milhões de toneladas de grãos – resultado 7,9% superior ao de 2007, quando foram produzidas 133,1 milhões de toneladas. Nesse caso, o destaque foi a produção de soja, milho e arroz, que representam cerca de 90% da safra.

Na avaliação do IBGE, o avanço das exportações está diretamente ligado “ao crescimento mundial do consumo de alimentos, impulsionado pelo bom desempenho das economias dos países em desenvolvimento, a produção de biocombustível, a elevação dos preços internacionais dos produtos agropecuários e a crescente inserção dos produtos brasileiros nos mercados externos.”

Agência Brasil

Pobreza diminui um terço em cinco anos nas regiões metropolitanas, diz Ipea

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) divulgou nesta terça-feira (5), um estudo elaborado com base nos dados nos dados das Pesquisas Nacionais por Amostra de Domicílios (Pnad), onde informa que a taxa pobreza caiu de 35%, em 2003, para 27,1% em 2006.

A estimativa do IPEA é de que este número chegue aos 24,1% em 2008. Entre 2002 e 2008, a projeção é de que 3 milhões de pessoas saiam da pobreza - nas regiões pesquisadas.

"Ou seja, uma redução de quase um terço da pobreza em termos proporcionais", informa o estudo do IPEA. O estudo informa ainda que a chamada "indigência" deverá cair ainda mais do que a pobreza entre 2003 e 2008 (projeção): 48,3%. "A indigência segue no mesmo ritmo e, em termos nominais, sua participação na população cai para a metade", diz o documento.

O documento define como "pobre" todas as pessoas com renda per capita igual ou inferior a meio salário, isto é, R$ 207,50. Indigentes, por sua vez, são aqueles que recebem menos de 1/4 do salário mínimo, ou R$ 103,75. Pessoas ricas, segundo o IPEA, são aquelas pertencentes a famílias cuja renda seja igual, ou maior, do que 40 salários mínimos, ou R$ 16,6 mil por mês.

Os considerados "ricos", por outro lado, mantiveram um patamar estável entre 2003 e 2006, informa o estudo do IPEA. Em 2003, o percentual de pessoas pertencentes às famílias ricas caiu de 1% para 0,8%, uma queda de 20%. Em 2007, estava no mesmo patamar de 0,8% e, segundo o IPEA, deve manter essa participação neste ano.

Os dados do IPEA consideram seis regiões metropolitanas do país: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Recife, Salvador e Porto Alegre. Segundo o presidente do IPEA, Márcio Pochmann, essa "amostragem" representa 25% da população do país e 2/5 do Produto Interno Bruto (PIB).

A maior queda na pobreza, neste caso entre 2002 e 2008 (projeções), segundo o documento do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, foi observada na região metropolitana de Belo Horizonte (MG), onde o número de pessoas pobres cairá de 38,3% da população em 2002 para 23,1% da população em 2008 - segundo estimativas.

"As regiões metropolitanas que apresentam as maiores taxas de pobreza no período analisado foram as regiões de Recife e Salvador, onde a estimativa para 2008 indica, respectivamente, 43,1% e 37,4% de pessoas vivendo abaixo da linha da pobreza", informa o estudo do IPEA. Segundo o documento, São Paulo e Porto Alegre estão na outra ponta, ou seja, com as menores taxas de pobreza estimada para 2008: de 20,7% e 20% respectivamente.

O estudo informa ainda que, nas seis regiões metropolitanas pesquisadas, o percentual de pobreza caiu de 18,6% em 2003 para 16,8%, do total do país, em 2006. Ao mesmo tempo, os considerados "ricos" mantiveram seu percentual no total do país entre 2003 e 2006: 42,6%.

Com agências

terça-feira, 1 de julho de 2008

Pesquisa CNI/Ibope: Governo mantem 58% e Lula 72% de aprovação positiva

A avaliação positiva do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva se manteve estável em junho deste ano, segundo pesquisa CNI/Ibope divulgada nesta segunda-feira. O governo do petista registrou avaliação positiva de 58%, assim como em março --quando o índice foi considerado o mais alto desde março de 2003, primeiro ano de Lula na Presidência da República. Somente 12% dos entrevistados avaliaram o governo federal como ruim ou péssimo, enquanto 29% consideraram a condução do governo como "regular".
Na última edição da pesquisa CNI/Ibope, divulgada em março, 58% dos entrevistados avaliaram o governo Lula como positivo. Outros 30% consideraram o governo regular, enquanto 11% avaliaram como ruim ou péssimo. Em março de 2003, o índice de aprovação ao governo federal foi de 51% --o que foi considerado pela CNI/Ibope como um crescimento considerável para a avaliação do governo federal.

A aprovação ao presidente Lula também se manteve estável. No total, 72% dos entrevistados aprovam a maneira do presidente governar o país, assim como em março deste ano --quando 73% aprovaram o presidente. Somente em março de 2003, a avaliação pessoal do presidente obteve índice maior, de 75%. Em junho do ano passado, a avaliação de Lula foi aprovada por apenas 66% dos entrevistados.

Numa escala de zero a 10, a pesquisa aponta nota média de 7 para o governo do presidente Lula. Na última edição da pesquisa, em março, a nota esteve tecnicamente empatada em 7,1.

Confiança
O índice de confiança no presidente Lula também se manteve estável em 68%, o mesmo patamar registrado em março. Apenas 29% dos entrevistados afirmaram que não confiam em Lula. Em dezembro do ano passado, o índice de confiança no presidente foi de 60%. Já em abril de 2006, o índice registrou 62%.

Segundo a CNI/Ibope, o movimento expressivo das avaliações positivas também repercutiu na expectativa em relação ao segundo mandato de Lula.

Dos entrevistados, 40% afirmaram que o atual mandato de Lula está sendo melhor que primeiro. O percentual dos que consideram o segundo mandato pior que o primeiro foi de 20% dos entrevistados, enquanto 38% consideram os dois mandatos semelhantes.

A pesquisa ouviu 2.002 pessoas entre os dias 20 e 23 de junho, em 141 municípios. A margem de erro é dois pontos percentuais para mais ou para menos.

Folha Online

quarta-feira, 18 de junho de 2008

Lucro com novas reservas de petróleo será revertido para melhoria da educação

O governo federal estuda criar um fundo para financiar políticas de educação com o dinheiro que será arrecadado com os royalties pagos por empresas que explorarão os campos de petróleos localizados na camada do pré-sal. A proposta foi apresentada ontem pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva a 35 intelectuais, durante reunião realizada em São Paulo.

Um dos presentes no encontro, Candido Mendes revelou aos jornalistas que a idéia do governo é utilizar parte dos 45% dos royalties a qual tem direito para aumentar de 290 mil para 500 mil o número de estudantes que ingressam em escolas públicas todo ano. Foi discutido uma forma de transformar os enormes recursos que virão da Petrobras, que é uma potência econômica, em um maciço investimento em educação, disse ele.

Além de Mendes, estiveram na reunião, entre outros intelectuais, Dalmo Dallari, Fernando Morais, Luis Fernando Veríssimo, Leonardo Boff, Moacir Scliar, Maria Victoria Benevides, Emir Sader e Juarez Guimarães. A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, o ministro da Educação, Fernando Haddad, o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Luiz Dulci, e o ministro da Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República, Paulo Vanucchi, também participaram do encontro.

Benevides, Sader e Guimarães disseram que a reunião foi marcada por um diálogo aberto, no qual os intelectuais puderam ouvir do presidente uma espécie de balanço do seu governo e questioná-lo sobre questões consideradas relevantes pelos participantes. Segundo eles, Lula falou sobre política interna e externa, economia, ecologia, movimentos sociais, questões fundiárias e indigenistas.

De acordo com Benevides, o presidente descartou a hipótese de disputar as eleições para um terceiro mandato e afirmou também que não concorrerá a vaga de senador ou deputado federal. Ela disse que os planos de Lula, após deixar a presidência, incluem somente viagens pelo país e uma mudança para São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo.

Também foi revelado que Lula se mostrou preocupado com a imagem que seu governo deixará após ele sair da presidência e com a continuidade das políticas iniciadas durante sua gestão. O presidente quer encontrar uma forma de garantir que projetos do PAC não sejam tratados como políticas de governo, mas sim de Estado.

A respeito de política externa, Mendes disse que o presidente afirmou que não vai renegociar os valores pagos pelo Brasil pela energia gerada na Usina de Itaipu. Informou, no entanto, que Lula pretende negociar com o presidente eleito do Paraguai, Fernando Lugo, compensações sociais pela cessão da energia por preços abaixo do mercado.

Sobre a inflação, Lula afirmou, segundo os intelectuais, que todas as medidas necessárias para conter o aumento de preço serão tomadas. Benevides contou que o presidente disse saber como as classes menos favorecidas sofrem com as altas e que, por isso, combaterá fortemente os efeitos do crescimento da demanda mundial por comida.

Lula ainda comentou que é falso o dilema criado por membros de organizações internacionais que apontam a produção de etanol como causadora da redução do cultivo de alimentos.
Os intelectuais também fizeram perguntas sobre a veracidade das denúncias divulgadas sobre desvios de verbas públicas. Eles afirmaram que o presidente afirmou repudiar essas práticas e que 90% dos casos de desvios divulgados pelos jornais são descobertos graças à fiscalização da Controladoria-Geral da União (CGU).

De acordo com os intelectuais, a ministra Dilma Rousseff aproveitou a oportunidade para desmentir as acusações feitas pela ex-diretora da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) Denise Abreu sobre sua suposta ação na compra da Varig. Dilma reafirmou que as declarações de Abreu são falsas e disse que todo o processo de venda da companhia aérea foi acompanhado pela Justiça.

Os intelectuais afirmaram também que a ministra comentou sobre a interferência do governo federal no trabalho das agências reguladoras. Dilma disse, segundo eles, que todo o trabalho do governo é feito dentro da legalidade, objetivando fazer com que as medidas tomadas pelos órgãos de regulação privilegiem a população e não o capital privado.

Ainda de acordo com eles, o jurista Dalmo Dallari questionou a eficácia das políticas indigenistas do governo federal. Lula defendeu o trabalho da Fundação Nacional do Índio (Funai) e disse que se reunirá em breve com representantes do Conselho Indigenista Missionário (Cimi) para ouvir sugestões para a solução de problemas que envolvem a população indígena Segundo Lula, o próprio PAC prevê investimento para melhoria das condições de vida dos índios.

Os intelectuais informaram também que o presidente firmou um compromisso para recebê-los, em todas as suas viagens, para uma conversa, sempre que sua agenda permitir. O próximo encontro deve acontecer no Rio de Janeiro, mas ainda não há previsão de data.

Agência Brasil

sexta-feira, 13 de junho de 2008

Lula defende reposição inflacionária para benefícios do Bolsa Família

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sinalizou na última quinta-feira (12) que o benefício do Bolsa Família deve ser reajustado de acordo com o índice da inflação. Ele defendeu o reajuste argumentando que é para compensar a alta no preço dos alimentos.

“Vou conversar com Guido Mantega [ministro da Fazenda] e vamos dar um reajuste, vamos dar aquilo que foi o índice da inflação”, disse.

“Todos nós sabemos que o aumento do alimento tem uma incidência maior exatamente na parte mais pobre da população, porque pesa mais no orçamento em função da quantidade de produtos que esse pobre pode comprar”, afirmou.

O presidente disse que vai esperar o ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Patrus Ananias, retornar de viagem para “fazer o Guido Mantega arrumar um dinheirinho para dar o reajuste”.

Na semana passada, em audiência com o presidente Lula, Patrus Ananias sugeriu que o benefício seja reajustado em 6% para acompanhar o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

Na reunião ministerial de segunda-feira (9), o ministro da Fazenda fez uma exposição mostrando que os mais pobres sofreram uma perda de 8% no poder aquisitivo causada pela inflação dos alimentos.

As declarações do presidente foram feitas após a solenidade de assinatura do decreto que regulamenta a Convenção 182, da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que trata da proibição e eliminação das piores formas de trabalho infanto-juvenil.

Agência Brasil

terça-feira, 10 de junho de 2008

Construção civil impulsiona crescimento da indústria em 6.9% no 1º trimestre

A construção civil impulsionou a expansão da indústria, que cresceu 6,9% no primeiro trimestre deste ano. É a maior taxa de expansão da indústria desde o segundo trimestre de 2004, quando foi de 12,3%, segundo divulgação do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) sobre o PIB (Produto Interno Bruto, soma das riquezas produzidas pela economia do país) de janeiro a março deste ano.

Somente a construção civil teve crescimento de 8,8% de janeiro a março, na comparação com igual período em 2007. É maior nível de expansão industrial desde o período de abril a junho de 2004, quando tal incremento chegara a 10,6%.

A indústria de transformação foi outro destaque no resultado geral da industria, com alta de 7,3% no primeiro trimestre deste ano. O segmento de transformação e a construção civil representam, juntos, 80% da produção industrial.

"A indústria foi o grande destaque da economia no primeiro trimestre, e foi puxada pela construção civil, e também pela indústria de transformação", afirmou a gerente de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis.

O crescimento da atividade de construção civil pode ser explicada pela maior oferta de crédito habitacional, que em valores nominais, teve aumento de 24,6%. Já a indústria de transformação também foi impulsionado pelo maior acesso ao crédito, e pela taxa de juros mais baixa, que facilitou o investimento. O subsetor teve o resultado influenciado pelo desempenho das produções de máquinas e equipamentos, da industria automobilística, além de material elétrico e metalurgia.

Nos últimos quatro trimestres, a indústria acumula alta de 5,7%.

Por outro lado, a indústria extrativa mineral, que engloba as produções de petróleo e de minério de ferro, cresceu em ritmo menor. Na comparação com janeiro a abril de 2007, esse incremento ficou em 3,3%. A extração de minério de ferro aumentou 10,8%, e a de petróleo e gás cresceu 3%. A produção de óleo e gás representa 62% da indústria extrativa, e a de minério corresponde a 27%.

"O menor desempenho da indústria de petróleo e gás pode ser explicado pelo atraso na entrada de plataformas e pelas paradas programadas nas unidades da Petrobras", observou Palis.

Fonte: CUT

quarta-feira, 28 de maio de 2008

O que você deve saber para ser candidato a vereador

Documentos necessários para registrar candidatura:
1- RRC Requerimento de Registro da Candidatura (preenchido e assinado pelo presidente do partido, por delegado, acompanhado de cópia magnético conforme sistema do TSE;

2- Declaração de bens atualizada, preenchida no próprio sistema e assinado pelo candidato;

3- Certidão criminal fornecida pela justiça federal (pode fazer via internet) e certidão Estadual requerida no forum local;

4- Fotografia recente preferencialmente em preto e branco, 5x7cm, sem moldura, em papel fotográfico fosco ou brilhante, busto frontal, com trajes adequados e sem adornos que induzam ou dificultem o reconhecimento pelo eleitor;

5- Comprovante de escolaridade;

6- Prova de desincompatibilização, quando houver.

7- Cópia do CPF e Identidade

È obrigatória a abertura de conta bancaria para candidatos e para comitês, independente se já tiver conta bancaria.

Propaganda Eleitoral:

Começa a partir de 06 de julho, termina três dias antes da eleição.
Carreata, caminhada, distribuição de panfleto, carro de som ou alto falantes fixos podem ser utilizados até sábado(04/10/08) vide resolução 22.718/2008)

A propaganda tem que vir sempre junto com legenda partidária.

Não esta autorizado o uso de outdoor.

Placas em propriedade privada desde que autorizada não pode exceder a4m/2

Proibida a propaganda em bens públicos, exceto cavaletes e bonecos infláveis (sem que sejam fixados, portanto moveis) em calçadas desde que não atrapalhe o transito e/ou circulaçao de pessoas

Proibida a propaganda em arvores.

Proibida propaganda em bens particulares que sirvam ao publico tais como lojas, escolas publicas e particulares cinemas, teatros igrejas, supermercados, botequins etc.

Proibida propaganda em camisetas, bonés, chaveiros, canetas, brindes, cestas básicas e/ou quaisquer outros artefatos que contenha valor econômico e configurem vantagem ao eleitor.

Proibido o showmicio e ou evento assemelhado para promover o candidato, nem reunião animada por artistas remunerado ou não.

Pichações somente na propriedade privada desde que não sirva ao publico e mediante autorização do proprietário ou de quem tenha a posse.

Carro de som e altofalantes fixos é permitido desde que distante 200m de órgãos públicos do execultivo, legislativo, tribunais, quartéis,biblioteca, hospitais etc.

Imprensa escrita jornais e revistas desde que igual ou inferior a 1/8 de pagina se jornal padrão e ¼ de pagina de revista ou tablóide por edição. Trata-se de despesa que deve ser declarada podendo configurar abuso de veiculo de comunicação social e/ou abuso de poder econômico ultrapassar esse limite.

Internet permitida até 03/10/08 somente poderá ocorrer em pagina do candidato destinada exclusivamente a campanha eleitoral (despesa tem que ser lançada na prestação de contas)

Entrevistas com pré candidatos podem desde que não exponham proposta de campanha.

As pesquisas não podem ser divulgadas só depois de registradas junto ao TER

Crime no dia da eleição:

Uso de alto falantes e amplificadores de som, comício, carreata ou passeata;
Propaganda de boca de urnae/ou arregimentação de eleitor;

Divulgação de qualquer espécie de propaganda de partido político, candidato e coligação mediante publicaçoes, cartazes, camisas, bonés, broches ou adesivos em vestuário, independente de tamanho ou formato.

sexta-feira, 16 de maio de 2008

A regional de Leopoldina ira reunir-se dia 17/05 as 09:00 na cidade de Cataguases

Para maiores informações entre em contato no e-mail: ptleopoldina@gmail.com.br

Leia a ata da reunião anterior realizada em Leopoldina.

Aos três dias do mês de maio do ano de dois mil e oito, reuniram-se os filiados do partido dos trabalhadores da região Zona Mata na Escola Estadual Prof. Botelho Reis as nove hora na cidade de Leopoldina. O Deputado Reginaldo Lopes presidente estadual do PT deu inicio ao encontro discorrendo sobre as questões da conjuntura Nacional e Mineira, em seguida o deputado Padre Joao que falou sobre a situação da coligação de BH entre outros.
Os diretórios presentes fizeram relatos da situação política eleitoral, iniciando pela cidade de LARANJAL onde o Faiçal diz que seu nome está à disposição para apreciação como prefeito, e não ser vice e os partidos PV, PTB,PR estão em entendimento, tem nomes para vereadores.LEOPOLDINA, Iolanda relatou que tem um nome novo o Dr. Marco Antonio, porem a situação é indefinida ainda, vai começar a conversar c/ os outros partidos, pois vários deles colocaram nomes, o Dr. Marco Antonio disse que o povo quer mesmo um nome novo. Tem chapa de vereadores.ITAMARATI, o Ari falou que atualmente é vice-prefeito, porém que irão reunir-se e talvez componham com o DEM, tem chapa de vereadores. PIRAUBA a Cida disse que saíram com candidatura própria que chegou a ocupar o cargo durante 76 dias, e que o DEM e o PR irão compor c/ eles, e esta mais fácil de chegar lá, tem chapa de vereadores. RIO POMBA /Sergio Mota pleiteia a direção regional o PT é vice c/ o PMDB, e ainda estão discutindo e irão fazer encontro dia 11/05, amadureceram muito participando do governo municipal, tem chapa de vereadores.
ASTOLFO DUTRA, William, o Dr. Pedro tucanizou o PT local e foi necessário fazer muito esforço para caminhar, tem chapa de vereadores. RECREIO, Danilo Vamos para a reeleição junto com o PcdoB, tem chapa de vereadores, quase naufragamos tivemos uma boa acessória boa. Os de casa nos bateram muito, nos chegamos à conclusão que sem marketing é impossível, fizemos um site com todas as realizações. CATAGUASES Vamos ser vice do Pc do B, com composição da chapa de vereadores, as pesquisas nos apontam como vencedores. UBA, Aldeir temos o nome do Vadinho para prefeito que tem ótima aceitação temos um leque de alianças com 6 partidos, estão fazendo curso de formação para os pré-candidatos e oficinas temáticas para o plano de governo municipal.
ALEM PARAIBA, Juciene, estão se estruturando agora tem chapa de vereadores, estão sem definição, sem saber ainda o que fazer. GUIRICEMA, Jose Pinto estão perdidos, pois o candidato ficou deprimido e retirou a candidatura e agora estão começando tudo de novo, chapa incompleta de vereadores. Abriu para inscrições onde falou Pe. Joao, Adeir, Vanessa, Danilo,Magno, Jose Antonio Pinto, Gilberto, Paulinho de Pirauba, Jorginho, Aristides, Dr. Almeida.Em seguida foi construída uma chapa de concensso para coordenar a Regional Zona da Mata formada por: Coordenador Geral: Elizabeth de Almeida Silva (Leopoldina)
Finanças: Sergio Mota (Rio Pomba)
Formação: Antonio Jorge(Cataguases)
Institucional: Jose Antonio Pinto (Guiricema)
Mov.Populares e Social: Aldeir (Ubá)
Suplentes:
Danilo,Gilberto,Sidlucio,Vanessa,Pequeno.
Comemoramos a unidade da luta com um almoço. Esta ata foi feita por mim Elizabeth de Almeida Silva e enviada por e-mail para os companheiros verificarem e dar sugestões.

quarta-feira, 7 de maio de 2008

Confira a galeria de fotos da 1ª Conferência Nacional de Comunicação do PT

Está no ar a galeria de imagens da 1ª Conferência Nacional do PT, que aconteceu no Hotel San Marcos, em Brasília, entre os dias 24 e 26 de abril.
São 207 fotos dividas em três blocos (abertura, comunicação no Brasil e comunicação no PT).

Clique nos links abaixo para ver as imagens:

Galeria 1 – Abertura
Galeria 2 – Comunicação no Brasil
Galeria 3 – Comunicação no PT

PT realiza oficina sobre a Escola Nacional de Formação Política

Acontece no próximo dia 9 de maio, na sede do PT em Brasília, uma Oficina sobre a Escola Nacional de Formação Política do PT.

Participam do encontro a Comissão de Elaboração da Escola de Formação Política, os secretários estaduais da área e convidados da comissão.

A oficina será das 9h às 18h. A sede do PT fica no Setor Comercial Sul, Quadra 2, Edifício Toufic, 1º andar, Brasília.

Mulheres no Parlamento analisa recuperação de presos

Elizabeth (Irmã Beth / PT-Leopoldina) foi convidada como representante da equipe do JORNAL RECOMEÇO, projeto voltado para o tema do debate e reconhecido pelos organizadores do programa como um dos empreendimentos bem sucedidos no tema "Recuperação de presos".

Mulheres no Parlamento analisa recuperação de presos
Programa da TV Câmara debate nesta segunda-feira (5) a reinserção dos detentos no mercado de trabalho e na sociedade
No Brasil, 85% dos presos voltam a cometer crimes depois que saem da cadeia. Para a CPI do Sistema Carcerário, a superlotação impede o desenvolvimento de políticas públicas de reintegração do preso à sociedade depois da prisão.
As penas alternativas podem ser uma saída para desafogar o sistema. Mas a sociedade, acuada pela violência, está pronta para debater essa proposta? E a inserção do ex-detento no mercado de trabalho pode contribuir para a recuperação e a diminuição da violência?
Essas são algumas questões debatidas no programa Mulheres no Parlamento desta segunda-feira (05), às 22h. Para falar sobre a reintegração de ex-presidiários à sociedade, o programa recebe a deputada Cida Diogo (PT-RJ), da CPI do Sistema Carcerário. Participam também a professora Elizabeth de Almeida Silva, que atua em projetos de proteção e assistência a condenados em Minas Gerais, e a advogada Edylcéa Nogueira, mestre em Direito Público e Ciência Política e sub-procuradora geral da República aposentada.
Reprises: Terça, às 23h ; Quarta, às 4h ; Quinta, às 6h ; Sábado, às 6h30; e Domingo, às 9h e 17h .

Mulheres no Parlamento
Apresentação: Vera Morgado
Produção: Cida Hipólito
(61) 3216-1618
(61) 8122-0241

Como sintonizar a TV Câmara
A TV Câmara pode ser sintonizada por antena parabólica em todo o País e também nas TVs por assinatura NET, SKY e TVA. Na Internet pode ser assistida ao vivo através do site http://www.tv.camara.gov.br

quarta-feira, 30 de abril de 2008

Seção Vemaguete - História do PT

O site do PT de Juiz de Fora lançou uma seção especial intitulada Seção Vemaguete.
Esta seção reúne algumas fotos e informações sobre as eleições municipais daquela cidade, que fazem os petistas lembrarem-se das dificuldades e da forma apaixonada como eram realizadas as campanhas do partido.

terça-feira, 29 de abril de 2008

Lula com a bola toda

Na pesquisa CNT/Sensus divulgada ontem mostra que, entre os entrevistados, 57,5% avaliaram o governo como positivo. Na pesquisa anterior, realizada em fevereiro passado, 52,7% consideraram o governo do petista positivo. Desta vez, apenas 11,3% dos entrevistados avaliaram o governo como negativo, contra outros 29,6% que o consideram regular.

Esta é a melhor avaliação do governo Lula desde o início do mandato em 2003. Segundo o jornal Correio Braziliense, de hoje a pesquisa também traz um outro ponto interessante, 50,4%, ou seja mais da metade da população é a favor de um terceiro mandato para o presidente Lula.

Em seu discurso de lançamento de obras do PAC, o presidente Lula descartou, sabiamente, um terceiro mandato. Um terceiro mandato não seria algo saudável para a democracia. Não podemos recorrer do mesmo casuísmo de FHC e dos Tucanos quando aprovaram a reeleição para continuarem no poder.

O presidente Lula deve sim, governar o país, não só por mais 4 anos, mas por 8 anos com eleição e reeleição a partir de 2010.

terça-feira, 15 de abril de 2008

Dilma defende crescimento com inclusão e pede a prefeitos que monitorem o PAC

A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, pediu aos prefeitos e prefeitas petistas reunidos nesta segunda-feira (14), em Brasília, que criem grupos de monitoramento das obras do PAC em seus municípios, ajudando o governo federal a fiscalizar a aplicação dos recursos e o cumprimento dos prazos.

“Temos de saber a realidade. Avaliem as obras de vocês, digam o que está atrasado e o que não está. (...) Temos de assegurar resultado, saber onde estão os riscos e coordenar as ações”, afirmou Dilma, lembrando que, no caso das cidades, a prioridade é para as obras de saneamento e habitação.

A atenção especial dos prefeitos, de acordo com a ministra, é parte fundamental de um “ciclo de monitoramento” que engloba o plano, o estudo, o projeto, a obra e a operação.

Dilma aproveitou o encontro de hoje – organizado pela Secretaria de Assuntos Institucionais do PT (Snai) e que reuniu mais de 300 pessoas, entre elas cerca de 150 prefeitos, no Hotel Nacional – para fazer um longo diagnóstico do PAC e das ações do governo Lula.

“Fizemos com que as políticas sociais se tornassem elementos centrais do crescimento econômico do país”, afirmou, acrescentando que o governo tem buscado um crescimento que leve à incorporação das massas. “Isso levou a uma mudança radical nos padrões de desenvolvimento”.

A ministra também citou a mudança de qualidade na relação entre os entes federativos (união, estados e municípios) a partir de 2003, associando esta conquista ao sucesso do Programa de Aceleração do Crescimento: “Sem isso, o PAC não daria certo. Não teríamos condições de fazer os projetos sem os prefeitos, sem os governadores”.

Além dos dados de infra-estrutura sobre estradas, aeroportos, portos, usinas, ferrovias e indústria naval Dilma mostrou que o PAC está presente em 5.181 cidades com o programa Luz Para todos, em 2.927 com ações na área de saneamento e em 1.987 com obras de habitação.

Durante toda a apresentação ela fez questão de lembrar que as grandes ações do governo visão o crescimento econômico conjugado à distribuição de renda e a políticas de igualdade e oportunidade. “Queremos crescimento que leve à incorporação das massas. (...) Vamos legar para este país um compromisso com a inclusão social”, disse.

Condições favoráveis

Antes de Dilma, falaram na última do dia o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, e o prefeito de Vitória, João Coser. Ambos citaram o “momento espetacular” pelo qual passa o país, particularmente no que se refere à relação federativa.

“Estamos em condições extremamente superiores. Todos os compromissos assumidos pelo presidente da República estão sendo cumpridos”, afirmou Coser. Ele ressalvou, porém, que muitos prefeitos reclamam da “dificuldade burocrática” para a liberação de verbas de projetos já aprovados. “Também é preciso rever os critérios de contrapartida”, disse.

Entre os desafios dos municípios que ainda precisam ser melhor equacionados, Coser pontuou as questões da mobilidade urbana e da segurança pública.

Paulo Bernardo também fez uma análise positiva da conjuntura, comparando o momento atual com o segundo ano do primeiro mandato de Lula. “Hoje o quadro é completamente diferente”, destacou.

Segundo o ministro houve um “grande avanço” na relação com os prefeitos. “Estabelecemos negociações pró-ativas com entidades representativas”, disse. Entre os avanços, Bernardo lembrou do aumento real de 42% nos repasses do FPM (Fundo de Participação dos Municípios) e de programas como o PAC e o Bolsa Família.

Leia também:
Encontro de prefeitos destaca avanço municipalista no governo Lula

Haddad propõe plano nacional de ações articuladas para a educação

Um plano nacional de ações articuladas é a questão central para o desenvolvimento do sistema de educação do país, afirmou hoje à noite o ministro da Educação, Fernando Haddad, na abertura da 1ª Conferência Nacional de Educação Básica, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães. “Esse novo instrumento de gestão permite que possamos celebrar convênios multidimensionais com estados e municípios, enfrentando os problemas educacionais em várias frentes”, disse.

Para Haddad, tais convênios deverão evitar que haja descontinuidade nos programas educacionais nos municípios e nos estados. O ministro enfatizou que considera “a equação da qualidade do sistema educacional o maior desafio que o Brasil tem pela frente”.

De acordo com ele, o governo não se cansa de ouvir a sociedade, porque entende que somente com a participação de todos os segmentos da vida nacional é possível “corrigir rotas e aprimorar o trabalho de garantir para cada brasileiro e para cada brasileira o direito fundamental de aprender, o direito de participar, o direito de se emancipar e de se constituir como cidadão pleno”
Haddad defendeu o aumento dos recursos destinados à educação para um percentual equivalente à 6% do Produto Interno Bruto (PIB), taxa que os organismos internacionais recomendam para os países em desenvolvimento, como o Brasil.

Cerca de duas mil pessoas - representantes de escolas, professores, alunos, organizações de classe, movimentos sociais e trabalhadores em educação de todo o país - participarão dos debates que começam amanhã (15) e vão até a próxima sexta-feira (18).

Além do tema central do evento - a construção de um sistema nacional articulado de educação -, também constam da pauta da conferência a democratização da gestão e a qualidade social da educação, a construção de um regime de colaboração entre os sistemas de ensino, a inclusão e a diversidade na educação básica e a formação e a valorização profissional.

Os debates serão realizados após as palestras sobre cada um desses temas. Dessa forma, a conferência terá cinco conferencistas sobre os assuntos, 34 coordenadores de colóquios e 102 expositores.

A conferência foi precedida de 27 eventos similares - um em cada estado e no Distrito Federal. Durante os encontros, foram preparados os temas que agora serão debatidos nacionalmente e escolhidos os delegados entre os 4.740 participantes da Região Norte, 6.506 do Nordeste, 3,7 mil do Sudeste, 2,2 mil do Sul e 3,4 mil do Centro-Oeste.

As atividades da conferência se iniciarão nesta terça-feira (15), às 10h. Na abertura, o filósofo Carlos Roberto Jamil Cury falará sobre Os Desafios da Construção de um Sistema Nacional Articulado de Educação.

Agência Brasil

Encontro de prefeitos destaca avanço municipalista no governo Lula

Mais de 300 lideranças políticas petistas, entre elas 150 administradores municipais, participaram nesta segunda-feira (14) do Encontro de Prefeitos e Prefeitas do PT, realizado no Hotel Nacional, em Brasília.

Na abertura do evento, o presidente do PT, deputado Ricardo Berzoini, destacou a importância do encontro para a troca de informações e análises com os dirigentes locais.

Ele lembrou que a relação “altiva” estabelecida pelo governo Lula com os municípios segue uma política construída dentro do PT e se diferencia “nitidamente” do comportamento do governo anterior.

“No governo FHC, as marchas dos prefeitos eram recebidas com desprezo, omissão ou repressão”, comparou Berzoini, demarcando os avanços do governo Lula nessa relação e saudando os prefeitos que participam da XI Marcha dos Municípios a Brasília, que acontece de amanhã à quinta-feira.

O presidente do PT falou das várias conquistas das cidades nos últimos cinco anos – interligadas a grandes projetos nacionais, entre eles o PAC e o PDE – e ressaltou a necessidade permanente de articulação para que o processo continue avançando.

“É preciso ampliar a mobilização e o debate político, usando a política como instrumento de conscientização e constituindo um espírito democrático republicano que atenda aos interesses da população brasileira”, afirmou.

Rands

O líder da bancada petista na Câmara, deputado Maurício Rands, disse que a militância petista de base e os administradores locais do partido têm tido papel fundamental na construção de políticas públicas em benefício da maioria da sociedade.

“Temos uma experiência vitoriosa da nossa luta municipalista pela melhoria do transporte, contra discriminação racial, de gênero, em políticas para juventude, políticas ambientais, todas essas lutas da sociedade passam pelo município, onde a militância participa”, afirmou Rands, concluindo que o inclusive o governo do presidente Lula “é o que é porque causa da militância dos companheiros e companheiras”.

Segundo Rands, não se trata apenas de fazer boas administrações, mas também de lutar para mudar as consciências, de ser protagonista desse novo modelo de desenvolvimento.

“Acumulamos um saldo e vamos construindo um socialismo democrático pela nossa mobilização e pela nossa militância”, concluiu.

Chinaglia

O presidente da Câmara dos Deputados, Arlindo Chinaglia, afirmou que a Marcha criou uma lógica reivindicativa a partir das demandas locais, das pressões populares e da mudança de comportamento do governo federal a partir de 2003.

Ele sugeriu que os prefeitos façam articulações similares nos âmbitos estaduais, levando reivindicações e negociando também com os governadores.

Chinaglia destacou que a inversão histórica de prioridades e a distribuição de renda são “a razão de ser e de existir do PT”, lembrando, porém, das dificuldades de se encaixar todos os projetos e desejos nos orçamentos públicos.

“Quando vira prefeito, tem de fazer o justo e o possível. Mas existe um acúmulo persistente (de bons projetos) no PT que tem de ser colocado no papel. Toda essa experiência vai ser útil aos nossos candidatos”, disse.

GTE

Na seqüência, Berzoini retomou a palavra e fez um balanço das ações e das perspectivas do GTE, Grupo de Trabalho Eleitoral presidido por ele.

“Não vamos substituir as iniciativas locais, mas podemos ajudar com a estrutura partidária, assegurar apoio político e de comunicação; e potencializar a capacidade de fazer alianças mais consistentes e fortes”, resumiu.

terça-feira, 8 de abril de 2008

Conta de luz fica mais barata até 18% e beneficia mais de 11 milhões

Mais de 11 milhões de clientes dos serviços de energia elétrica sentirão a partir desta quarta-feira (9) um alívio no bolso em relação à conta de luz.

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou uma redução das tarifas em quatro Estados, incluindo o interior de São Paulo, na área atendida pela Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL), onde as contas das residências e do comércio terão queda de 18,18%.

A redução beneficia também os clientes da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), da Empresa Energética de Mato Grosso do Sul (Enersul) e das Centrais Elétricas Matogrossenses (Cemat). As quatro distribuidoras passaram pelo processo de revisão tarifária, feito em média a cada quatro anos para equilibrar tarifas e custos das empresas.

Os principais motivos da redução, segundo a Aneel, foram os ganhos de produtividade e a redução do custo operacional das companhias obtidos nos últimos quatro anos. A queda significativa das tarifas de energia, em grandes distribuidoras do Sudeste, como a CPFL e a Cemig, pode ajudar a conter a inflação, que vem sendo pressionada pelo aquecimento da economia.

Agência Estado

IBGE:Emprego industrial cresceu 0,6% em fevereiro frente a janeiro

Em fevereiro, o emprego industrial voltou a apresentar sinal positivo (0,6%) frente ao mês anterior, na série livre de influências sazonais, após dois meses de variações negativas, quando acumulou um recuo de 0,7%, de acordo com os Indicadores Conjunturais da Indústria do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O índice de média móvel trimestral, que mostrou crescimento de novembro de 2006 até dezembro de 2007, se mantém estável há dois meses, informou o instituto.

Em relação a fevereiro de 2007, o aumento foi de 3,2%, vigésimo resultado positivo consecutivo. No indicador acumulado do primeiro bimestre de 2008, o incremento ficou em 3,0%, abaixo do índice para o quarto trimestre de 2007 (3,5%), ambas as comparações contra igual período do ano anterior. O indicador acumulado nos últimos doze meses também cresceu em fevereiro (2,5%) e acelerou frente ao índice de janeiro (2,3%).

No confronto com fevereiro de 2007 (3,2%), as admissões superaram as demissões na maioria (11) dos quatorze locais pesquisados, com destaque para São Paulo (4,6%), Região Nordeste (4,3%), Minas Gerais (3,1%) e Região Norte e Centro-Oeste (3,8%).

Nessas áreas, as principais influências positivas vieram, respectivamente, dos ramos: máquinas e equipamentos (13,7%) e máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (17,7%), na indústria paulista; alimentos e bebidas (9,0%), no Nordeste; meios de transporte (16,4%) e máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (22,7%), na indústria mineira; e alimentos e bebidas (11,8%), no Norte e Centro-Oeste. A expansão do emprego nessas áreas está respondendo à maior produção de bens de capital, de bens de consumo duráveis e ao dinamismo das vendas externas de commodities agrícolas. Em sentido contrário, Espírito Santo (-1,6%), Ceará (-0,3%) e Santa Catarina (-0,1%) exerceram os impactos negativos.

Setorialmente, no total do país, onze dos dezoito segmentos pesquisados contribuíram positivamente para o crescimento do pessoal ocupado, com destaque para máquinas e equipamentos (14,1%), meios de transporte (10,7%), alimentos e bebidas (4,0%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (12,9%) e produtos de metal (9,3%). Por outro lado, as pressões negativas no resultado global foram exercidas, sobretudo, por calçados e artigos de couro (-10,9%), vestuário (-3,9%), madeira (-7,2%) e têxtil (-3,9%).

O indicador acumulado no primeiro bimestre de 2008 cresceu 3,0%, com onze dos dezoito setores expandindo seu contingente de trabalhadores. Os destaques permaneceram com máquinas e equipamentos (13,2%), meios de transporte (10,8%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (13,2%), produtos de metal (10,2%) e alimentos e bebidas (2,6%). As principais influências negativas foram: calçados e artigos de couro (-10,5%), vestuário (-3,7%), madeira (-7,7%) e têxtil (-2,7%).

Entre os onze locais que cresceram no primeiro bimestre, São Paulo (4,6%), Região Nordeste (3,1%) e Minas Gerais (2,8%) tiveram as principais contribuições positivas sobre o resultado global, em oposição à pressão negativa vinda do Espírito Santo (-3,3%).

Em síntese, a sustentação de um elevado patamar produtivo da atividade industrial é fator determinante na manutenção dos índices positivos no emprego, com o indicador do primeiro bimestre do ano apresentando, em 2008, o seu resultado mais elevado desde 2005.

quinta-feira, 27 de março de 2008

Assine o projeto que pede um plebiscito sobre a Constituinte exclusiva

O Partido dos Trabalhadores continua coletando assinaturas ao projeto de iniciativa popular que propõe um plebiscito sobre se a população quer ou não a convocação de uma Assembléia Constituinte para fazer a reforma política.

Pelo projeto, o plebiscito acontecerá em 31 de janeiro de 2009, quando os brasileiros deverão responder à seguinte questão: “O sr (a) aprova a convocação de uma assembléia constituinte soberana e específica para promover uma reforma constitucional no Título IV da Constituição Federal que redefina o sistema político-eleitoral?”.

Para que um projeto de iniciativa popular seja apresentado no Congresso Nacional são necessárias assinaturas de pelo menos 1% do eleitorado (algo em torno de 1,3 milhão de pessoas acima de 16 anos), com participação de no mínimo cinco Estados.

IMPORTANTE: Todas as adesões devem obrigatoriamente ser acompanhadas de nome completo, endereço e número do título de eleitor.

Clique aqui para conhecer o projeto, imprimir e fazer a coleta de assinaturas. A impressão deve ser feita em papel tamanho A4, com o espaço para as assinaturas na frente e a justificativa do projeto no verso.

Todos os formulários devem ser enviados ao seguinte endereço: Sede Nacional do Partido dos Trabalhadores – Setor Comercial Sul, Quadra 02, Edifício Toufic, 3º andar, CEP 70302-000, Brasília, Distrito Federal.

Mais 12 milhões de brasileiros deixam classes D e E em um ano, diz estudo

As políticas de inclusão social e de democratização econômica do governo Lula continuam reduzindo largamente as desigualdades no país e fizeram com que, pela primeira vez, as classes mais baixas (D e E) deixassem de ser maioria no país.

Em 2007, segundo estudo da financeira Cetelem em parceria com a Ipsos, o número de brasileiros nas classes mais baixas era de 72,9 milhões, cerca de 39% da população. Isso significa que 11,9 milhões de brasileiros passaram para classes mais altas em um ano, já que, em 2006, eram 84,8 milhões de brasileiros na base.

De acordo com o estudo, a classe C recebeu, tanto das mais baixas (D e E) como da mais alta (A e B), quase 10 milhões de integrantes, passando de 66,7 milhões em 2006 para 86,2 milhões em 2007, o que significa 46% da população.

O grupo que está nas classes A/B, por sua vez, reduziu de 32,8 milhões de pessoas em 2006 para 28 milhões em 2007, o que representa 15% da população.

Segundo a Cetelem, a pesquisa demonstra que houve diminuição na desigualdade de renda, com uma ligeira queda da renda média das classes A/B, ascensão de um grande contingente para a classe C e um pequeno aumento da renda média das classes D/E.

Em 2005, a renda média familiar das classes A/B era R$ 2.484. Ela caiu sucessivamente para R$ 2.325 e atingiu R$ 2.217 em 2007 --o que corresponde a uma redução de cerca de 11%. Nas classes D/E, a renda média familiar subiu de R$ 545 em 2005, para R$ 571 em 2006 e depois a R$ 580 em 2007, um crescimento de pouco mais de 6%.

Já a renda média da classe C permaneceu no mesmo patamar nesses três anos: algo em torno de R$ 1.100. A pesquisa ressalta ainda que o número de pessoas que passou de D/E para C teve um aumento de sua renda média mensal de R$ 580, para os atuais R$ 1.100.

Outro destaque da pesquisa foi a melhoria da renda disponível das classes C e D/E, aquela que sobra após o pagamento de contas e obrigações financeiras. A renda disponível das classes D/E foi negativa, em 2005, em R$ 17, terminando o ano no vermelho. No entanto, em 2006, a renda disponível ficou em pouco mais de R$ 2, subindo a R$ 22 no ano passado.

A classe C também registrou aumento nesse item. Ela era R$ 122 em 2005, passou para R$ 191 em 2006 e caiu para R$ 147 em 2007. Apesar da queda de 23,04% no último ano, quando se toma todo o período, o crescimento foi de 20%. Apenas as classes A/B viram diminuir sua renda disponível, caindo de R$ 632 em 2005 para R$ 506 em 2007, uma redução de 20%.

terça-feira, 25 de março de 2008

PT Nacional rejeita alianças com oposição e remete casos das grandes cidades para a CEN

O Diretório Nacional do PT, reunido nesta segunda-feira (24), aprovou as diretrizes para a política de alianças nas eleições municipais de 2008. Segundo a resolução aprovada, o PT deverá buscar, nos municípios, coligar-se prioritariamente a PCdoB, PSB e PDT, além dos partidos da base aliada do governo Lula, em especial o PMDB, desde que dialoguem com o programa petista.
Ainda de acordo com a resolução, eventuais alianças com partidos que fazem oposição ao governo Lula deverão ser referendadas pelas respectivas Executivas Estaduais, cabendo recurso à Direção Nacional do PT. No caso das capitais, das cidades com mais de 200 mil eleitores e daquelas que transmitem horário eleitoral gratuito de rádio e TV, tais alianças precisam também ser “obrigatoriamente” aprovadas pela Comissão Executiva Nacional.

Durante entrevista coletiva ao final da reunião, o presidente do PT, deputado Ricardo Berzoini, explicou que a questão de Belo Horizonte se encaixa nesse último ponto. Segundo Berzoini, o entendimento do DN foi no sentido de que, embora a aliança proposta na capital mineira envolva um nome do PSB, ela vem acompanhada de uma tese de fundo que advoga a aproximação programática de PT e PSDB – tese várias explicitada na imprensa pelos seus defensores.

“Não há veto à priori, mas o Diretório Nacional, na resolução aprovada hoje, rejeitou a idéia de que possa haver compromissos programáticos entre PT e PSDB na conjuntura atual e menos ainda em relação às eleições de 2010”, disse, lembrando que os dois partidos têm "projetos antagônicos de país".

O DN também decidiu que a Executiva Nacional, em sua próxima reunião (31 de março), deverá ouvir dirigentes do PT de Minas Gerais, entre eles o prefeito de Belo Horizonte, Fernando Pimentel, sobre o tema.

Leia abaixo a íntegra da resolução:

As eleições municipais e a política de alianças

Conjuntura

O Partido dos Trabalhadores vai disputar as eleições municipais de 2008 em uma conjuntura favorável. O Brasil ingressa em um novo ciclo de desenvolvimento. São quatro anos consecutivos de crescimento sustentado, série que atingiu a marca de 5,4% do PIB em 2007. Crescimento puxado por aumento da renda familiar, pela recuperação do salário mínimo, pela geração de mais milhões de empregos formais e pela aplicação de fortes políticas públicas claramente voltadas para a inclusão social e econômica das parcelas mais pobres da população brasileira.

O PT e o governo do presidente Lula tiraram o país da situação pré-falimentar a que havia chegado após oito anos sob comando do PSDB e do PFL (hoje Democratas). Recuperamos a capacidade de investimento e, com o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), devolvemos ao estado seu papel de indutor do crescimento, invertendo a lógica neoliberal que predominou na Era FHC.

Com estas e outras ações, o governo do presidente Lula e o PT têm concretizado uma de suas principais bandeiras históricas: a construção de um novo modelo de desenvolvimento para o país, com forte participação do Estado, distribuição de renda e voltado para um mercado de consumo de massa.

A continuidade desse projeto transformador tem sido assegurada, em certa medida, pela coalizão de partidos que dá sustentação e estabilidade política ao governo Lula – o que nos coloca o desafio de estabelecer relações com esses partidos sem perder de vista o fortalecimento do PT.

Tática Eleitoral

Os principais objetivos do PT nas eleições-2008 são reeleger seus atuais prefeitos e prefeitas, ampliar o número de cidades governadas pelo partido e aumentar sua participação em governos locais administrados por legendas aliadas. Devemos também lançar candidaturas às Câmaras de Vereadores em todas as cidades nas quais o PT está organizado, com o objetivo de ampliar a nossa participação nos Legislativos Municipais.

A eleição é municipal. Estarão no centro dos debates questões relacionadas aos problemas dos municípios. O eleitorado quer conhecer os programas municipais das candidaturas à prefeituras. O partido deve se apresentar com programas e projetos municipais consistentes, embasado na percepção da realidade local.

Apesar de estarem submetidas à lógica das disputas locais, não podemos perder de vista o que realmente está em jogo nas eleições deste ano. Haverá uma disputa municipal com olhar focado no futuro. Nesse sentido, é uma disputa de caráter local, mas com projeção nas disputas futuras. O crescimento do PT nessas eleições acumula força para a disputa eleitoral de 2010.

Por essa razão o partido deve dar uma feição nacional à sua política de alianças, deixando claro que estão em jogo projetos de país diferentes e antagônicos, principalmente em relação a tucanos e democratas (ex-pefelistas).

O PSDB, o Democratas (ex-PFL) lideram oposição sem trégua e irresponsável ao governo Lula na Câmara e no Senado, chegando ao absurdo de frequentemente votar contra projetos de interesses sociais e do país como um todo. Exemplo claro foi a derrubada da CPMF no final do ano passado, quando retiraram R$ 40 bilhões anuais do Orçamento da União, dinheiro que já estava reservado para a saúde, benefícios sociais e Previdência. Esperavam fragilizar as finanças públicas, inviabilizar os investimentos do governo e, consequentemente, tirar proveito da situação nas eleições municipais deste ano. Nesse início de ano, obstruíram a votação do Orçamento, ingressaram no STF com ADIN impedindo investimentos do PAC e, agora, tentam obstruir a pauta parlamentar, sob pretexto de limitar a edição de MPs.

Nosso projeto é completamente oposto ao dos tucanos e democratas (ex-PFL), que levaram o país à bancarrota econômica, privatizaram o estado, geraram desemprego em massa e aumentaram o universo da exclusão econômica e social.

Na campanha, os candidatos do PT devem aliar o discurso local às grandes questões nacionais, comparando os êxitos do governo Lula com o fracasso de tucanos e democratas (ex-PFL) – mostrando, inclusive, os avanços na repactuação federativa e municipalista, como o aumento dos repasses do FPM e os investimentos do PAC nas cidades, muitas governadas por oposicionistas, entre muitas outras ações. O governo Lula é o governo municipalista. E a nacionalização da campanha deve se dar pela defesa dos projetos de investimentos sociais e de infra-estrutura nas cidades.

Aliar esse discurso com as questões municipais é de fundamental importância. O PT tem uma longa tradição de governos municipais criativos e voltados a melhoria de vida da população, com vários projetos de sucessos premiados internacionalmente. O modo petista de governar já se tornou uma forte marca em campanhas eleitorais. Levando em consideração cada realidade, devemos destacar as experiências exitosas nas administrações petistas apresentar programas de governo tendo como base os seguintes eixos: comunicação, participação social, cidadania cultural e controle social; desenvolvimento local sustentável; políticas sociais; gestão ética, democráticas e eficientes; planejamento, território e financiamento dos municípios, e, questão de gênero, raça e orientação sexual. Os programas devem ser factíveis e de fácil entendimento da população. É muito importante que o povo compreenda as propostas do partido.

A aliança com os movimentos sociais é estratégica. O partido tem uma forte ligação com as organizações populares e deve trazê-las para a campanha, respeitando sua autonomia. As campanhas eleitoras podem e devem servir para mobilizar os movimentos sociais e valorizar o militante, oferecendo argumentos para a disputa ideológica e a defesa das propostas dos nossos candidatos.

Sempre na condição de avaliar as condições locais, devemos lançar candidaturas às prefeituras e formar chapas competitivas para vereador, buscando aliados para nossas campanhas. Quando não houver condições de lançarmos um nome próprio, devemos estudar a possibilidade de apoiar candidaturas de outros partidos.

A política de alianças em 2008 deve obedecer aos seguintes critérios:

1) alianças programáticas com base nas propostas de governo democrático e popular;

2) defesa do governo Lula;

3) candidaturas com perfil democrático e princípios éticos.

Observando esses critérios, podemos fazer alianças com os partidos da base de sustentação do governo Lula, desde que dialoguem com o programa do partido.

Devemos construir alianças preferenciais com PCdoB, PDT, PSB, partidos de esquerda e tradicionais aliados do PT, no sentido de conformação de um bloco de esquerda para enfrentar a direita conservadora. O PMDB, pela sua importância na coalizão do governo Lula e pela sua capilaridade, é outra possibilidade de aliança, em que pese sua diversidade nos municípios. Além desses, todos os partidos da base aliada ao governo Lula devem ser procurados.

Eventuais alianças com partidos que estão fora da base de apoio ao governo Lula devem ser tratadas como exceções, debatidas e deliberadas em encontro municipal, referendadas pelas Executivas Estaduais, cabendo recurso à Direção Nacional.

No caso das capitais de estado, cidades com mais de 200 mil eleitores e cidades que transmitem horário eleitoral gratuito de TV, eventuais alianças com partidos que estão fora da base de apoio ao governo devem ser tratadas como exceções, que serão debatidas e deliberadas em encontro municipal, referendadas pela Executiva Estadual e obrigatoriamente aprovadas pela Comissão Executiva Nacional do PT.

Brasília, 24 de março de 2008

Diretório Nacional do Partido dos Trabalhadores

Paulo Henrique Amorim: 'Foi Serra quem me demitiu?'

Por Paulo Henrique Amorim, no Conversa Afiada


O CEO do iG, Caio Túlio Costa, um jornalista que se considera grão-vizir do "ombundismo" (*), deixou de ser presidente da Fundação Padre Anchieta, porque Serra o vetou.

Jorge Cunha Lima, da Fundação Padre Anchieta e dono de um blog no iG (cuidado, Jorge, o Caio vai te tirar do ar ... faz um backup rápido), me contou, no restaurante Amado, em Salvador, que indicou Costa a Serra, para substituir Marcos Mendonça. Serra vetou.

Estranho... Costa e Serra são como unha e carne. Costa nasceu e se criou na Folha (de S.Paulo). E Serra e a Folha são uma coisa só. O irmão de Costa, Bob Costa, sempre trabalhou com Serra, foi Ministro da Secom para poder ajudar a campanha de Serra em 2002, e hoje administra uma parte significativa da minúscula conta de publicidade do Governo de São Paulo...

Caio Costa foi o primeiro a dirigir o UOL. E o primeiro chat do UOL foi com Serra. (Serra, como sempre, formulou teses que foram esculpidas na pedra da Acrópole de Atenas...)

No momento, o presidente eleito enfrenta dois problemas interessantes.

O Procurador Arnaldo Hossepian Júnior, do Ministério Público do Estado de São Paulo, acredita que os empreiteiros desrespeitaram o contrato para construir a Linha 4 do metrô - aquela da cratera - e andaram depressa demais, talvez para ajudar a campanha de Alckmin à Presidência da República. Ou seja, um crime tucano, dos pés à cabeça. E o presidente eleito não se pronuncia sobre a matéria.

Outro problema interessante é a privatização da Cesp. Como se sabe, o presidente eleito pretende fazer a privatização da espuma das usinas da Cesp. Já que ele não pode vender usinas que não se sabe se serão da Cesp.

Claro, o presidente eleito vai vender Ilha Solteira e Jupiá a quem acreditar que ele vai ser o Rei do Brasil e, em 2015, Ilha Solteira e Jupiá serão da Cesp...

Um dos objetivos de Costa, ao fazer a "limpeza ideológica" (*2) dos meus arquivos no iG era apagar no tempo e no espaço o que escrevi sobre o presidente eleito. Exercício inútil.

(*) Como se sabe, ombudsman no PIG é um oxímoro. Costa foi o primeiro ombudsman da Folha e acha que isso precisa estar registrado nos anais da História Contemporânea. Tanto que escreve livros sobre o assunto e reacende a chama do ombudsman sempre que pode - como fez recentemente no iG. Ombudsman no PIG serve para aliviar o complexo de culpa de editores inescrupulosos. Ombudsman na internet, nos portais, onde 99% do conteúdo é de terceiros, é uma inutilidade. Ou uma forma de fazer carreira acadêmica...

(*2) Professor da Cásper Libero, Costa é um especialista em "jornalismo e ética"... Não foi essa a primeira vez que Costa promoveu uma "limpeza ideológica" de arquivos num provedor da internet. Sobre isso, mais, depois...

terça-feira, 18 de março de 2008

Emprego formal bate novo recorde e tem melhor mês de fevereiro da história

O emprego formal no Brasil cresceu 38% em fevereiro, se comparado ao mesmo mês do ano passado. No período, o melhor fevereiro da série histórica, foram criadas 204.963 novas vagas, segundo divulgou hoje o Ministério do Trabalho e Emprego. Os dados são referentes ao Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).

Em relação ao saldo de janeiro deste ano, o volume representa um aumento de 0,7%. Em fevereiro do ano passado, foram criados 148.019 mil novos empregos.

O emprego formal no primeiro bimestre de 2008 também teve valor um recorde. Em relação ao saldo de janeiro e fevereiro do ano passado, houve aumento de vagas de 1,2%.

Nos dois primeiros meses do ano, já foram abertos mais de 347,8 mil novos empregos com carteira assinada, segundo dados do Caged.

segunda-feira, 17 de março de 2008

PT/MG aprova resolução sobre eleições municipais

Confira a II Resolução do Partido dos Trabalhadores de Minas Gerais, aprovada pelo Diretório Estadual, no sábado (15)

Uma contribuição ao debate

As eleições municipais de outubro acontecerão sob o enorme sucesso do governo Lula. O crescimento do país, fruto da melhoria da renda dos assalariados, da oferta de empregos, do Plano de Aceleração do Crescimento, das políticas sociais, criam um ambiente propício para debater com a sociedade os rumos de nossas cidades.

Estamos consolidando nosso projeto anti-neoliberal e devemos, nessas eleições, politizar o debate acerca do modelo de desenvolvimento que queremos para o Brasil – mais estado a serviço do povo, mais cidadania, mais direitos, mais justiça social.

Os temas da sustentabilidade do crescimento e do papel dos municípios no desenvolvimento nacional, da necessidade de uma profunda reforma política e da participação popular devem ser centrais no nosso discurso de campanha, traduzidos para o contexto de cada localidade.

O PT é o nosso grande instrumento de transformação, da implementação do nosso projeto onde há prevalência do coletivo do partido, sobre as pessoas.

Vencemos as duas últimas grandes disputas de rumo da política nacional, em 2002 e 2006. O nosso atual desafio é identificar o PT nos municípios com os projetos e programas do Governo Lula para atingirmos o melhor desempenho nas eleições de 2008. Assim agiremos localmente para construir uma nova Minas Gerais e nos prepararemos para a continuidade da mudança em 2010.

O Governo Aécio não se coaduna com o que o PT quer para Minas Gerais e muito menos para o Brasil. Reafirmamos nossa oposição programática ao governo estadual, conforme Resolução do 3º Congresso Estadual, em razão de ações como: mínimos investimentos na área social, ausência de participação popular, falta de transparência no gasto público e sua concepção de estado mínimo.

A Direção Estadual, observado o estatuto, promoverá o diálogo para que aonde o PT governa as prévias sejam evitadas e, ainda, trabalhará para que o partido em todo o estado lance candidatos a prefeito(a), vices e a vereadores(as), fortalecendo o 13 e nossas marcas principais, tendo como referência prática os êxitos de nossas atuais administrações.

Nossos aliados, considerando a realidade local, devem ser prioritariamente aqueles do campo democrático e popular, tradicionalmente – o PCdoB, o PSB e o PDT. Os demais partidos que dão sustentação ao governo Lula também estão inseridos no nosso campo de alianças, em especial o PMDB.

Já os partidos que fazem oposição ao governo Lula – o PSDB, o DEM e o PPS – estão fora desse campo. Eventuais coligações com estes partidos só poderão ser realizadas com autorização prévia da DE, cabendo recurso ao DN.

PT/MG

sexta-feira, 14 de março de 2008

Rice: Lula se destaca pela sabedoria e por ter melhorado a vida do seu povo

Em entrevista na manhã desta sexta-feira (14) ao Bom Dia, Brasil, da Rede Globo, a secretária de Estado americana, Condoleezza Rice elogiou a posição de liderança do Brasil na América Latina e também teceu vários elogios ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “O Brasil é claramente um líder na região. O Brasil se destaca. O presidente Lula se destaca por sua sabedoria, por sua capacidade de unir a região, por sua visão. E não apenas por sua visão sobre a região, mas também por ter conseguido melhorar a vida do seu povo e por ter relações com países como os Estados Unidos”, destacou.

Rice reafirmou a expectativa dos Eua com relação à utilização dos biocombustíveis e o papel de Lula nesta questão que é mundial.“Acho que ele vai conseguir colocar os biocombustíveis no mapa, como uma maneira de resolver os terríveis problemas que estamos enfrentando de oferta de energia e mudanças climáticas. O presidente Lula é visto como um líder. O Brasil é visto como um líder e cada vez mais como um líder global, não apenas regional”, afirmou ela.

Sobre a sua visita à Bahia, ela afirmou que sempre desejou conhecer o estado pelas sua beleza e também pela influência afro na cultura local.”Foi um desejo pessoal vir à Bahia. Eu tinha ouvido falar da Bahia por anos e de Salvador, uma grande cidade, e também por causa da comunidade afro-brasileira aqui, a expressão da cultura daqui. E, claro, eu sou descendente de africanos e sempre acreditei que Brasil e Estados Unidos, em alguns aspectos, se parecem mais entre si que do que quaisquer dois outros países no mundo.A tradição da grande diáspora européia, latina e africana, todos vivendo lado a lado, então eu quis vir para a Bahia. E posso ver que eu não estava errada. É lindo aqui. Eu só sinto ter demorado tanto a conhecer a Bahia”, disse Condoleezza.

quarta-feira, 12 de março de 2008

Crescimento brasileiro supera expectativas e PIB de 2007 fica em 5,4%, aponta IBGE

O PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro cresceu 5,4% em 2007 em relação ao ano anterior, divulgou nesta quarta-feira (12) o IBGE. O resultado atingiu R$ 2,6 trilhões e é o melhor desde 2004. Entre os setores da economia, o de melhor desempenho foi a agropecuária.Em 2006, a alta do PIB total havia sido de 3,8%. Originalmente, o divulgado foi 3,7%, mas o IBGE revisou o número. Também houve mudança na taxa do PIB em 2005, indo de 2,9% para 3,2%. O PIB é a soma de todas as riquezas produzidas no país num determinado período.A renda per capita, divisão do PIB total pelo número de pessoas residentes no país, teve um crescimento real de 4% em relação a 2006, alcançando R$ 13.515.
No último trimestre do ano passado, a economia do país expandiu-se 6,2% em relação a período equivalente de 2006 e 1,6% na comparação com o terceiro trimestre de 2007.

Analistas de mercado tinham uma previsão menos otimista para a taxa anual. A última pesquisa Focus do ano passado (levantamento que o Banco Central realiza semanalmente com cerca de cem instituições financeiras sobre os rumos da economia brasileira) mostrava que especialistas previam um crescimento em torno de 5,2% para todo o ano de 2007.

Na semana passada, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, garantiu que a economia do país teria crescido acima de 5%, mas afirmou que o número ficaria "entre 5,2% e 5,3%". A previsão de Mantega é de que a economia cresça 5% neste ano. Para analistas de mercado, a estimativa é de 4,5%, segundo o mais recente boletim Focus.

terça-feira, 11 de março de 2008

Brasil entrou na rota de crescimento acima dos 5%

Por: Paulo Cangussú André

Sem antecipar o resultado do PIB o ministro da Fazenda, Guido Mantega disse hoje, durante audiência pública na Câmara, que o Brasil entrou na rota de crescimento acima dos 5%.

Aparentemente a mídia golpista não está muito interessada em divulgar este tipo de notícia. Se não são as fontes alternativas (que para mim já deixaram de ser alternativas), como blogs e sites de revistas independentes eu estaria totalmente por fora da realidade.

A conclusão de que o PIG chegou ao limite e já não informa e sim desinforma saiu do âmbito dos debates partidários e entra para o debate acadêmico.

O departamento de jornalismo da PUC – SP (que por sinal é uma instituição conservadora) está promovendo hoje no seu campus um seminário chamado de “O anti-jornalismo da Veja”.

Isso prova que a preocupação com o processo de desinformação promovido pela revista se tornou algo preocupante para os pesquisadores.

A revista não se preocupa em informar, independentemente de sua opinião, seu objetivo é distorcer os fatos de forma à confundir a população.

Além da Veja, a Rádio CBN é um outro exemplo de uma tentativa muito ruim de distorcer ou analisar de forma errada com os objetivos puramente ideológicos.

Clique aqui e ouça a contradição de Miriam Leitão. Ela apresenta um monte de pontos positivos da economia brasileira e depois numa tentativa desastrada tenta convencer os ouvintes de que tudo está ruim.

Na verdade ela confunde uma variação normal do mercado financeiro internacional (variações das bolsas no mundo inteiro) como um fator de depreciação de tudo de positivo que existe no Brasil. Ela deve achar que o governo Lula e o PT são culpados da crise nos EUA e na Europa.

A briga política, preconceituosa e golpista da imprensa acabam por tirar qualidade do trabalho destes e impedem o país de promover um debate saudável é positivo para o desenvolvimento social.

Revista Fórum e jornalismo da PUC-SP debatem “(anti)jornalismo de Veja”

A revista Fórum e o departamento de Jornalismo da PUC-SP realizam na noite desta terça-feira (11), em São Paulo, um debate com o tema "O (anti)jornalismo de Veja".

O evento contará com a presença do jornalista Luís Nassif, do professor da PUC José Salvador Faro e Glauco Faria, editor-executivo da Fórum.

O debate é aberto ao público e acontece a partir das 19h, na PUC-SP, auditório 333 (prédio novo), à rua Monte Alegre, nº 984.

segunda-feira, 10 de março de 2008

Audiência debate conta da Cemig, a mais cara do Brasil

Depois de uma intensa campanha pela redução do valor da conta da Cemig, que teve um dos prinicipais articuladores o deputado estadual Weliton Prado (PT), foi realizada nesta quarta-feira (5) uma audiência pública para discutir o tema. A convocação foi da ANEEL, que recebeu um abaixo-assinado com 500 mil assinaturas colhidas pela Campanha “Eu quero a conta de luz mais barata”.

Realizada no Auditório do Cefet, em Belo Horizonte, a audiência pública sobre o processo de revisão da tarifa da Cemig contou com a paticipação de mais de 500 pessoas. O deputado Carlin Moura marcou presença e convocou o povo mineiro a se mobilizar por esta luta.

O foco da audiência ficou em analisar as propostas apresentadas pela população para baixar o valor da tarifa. A Aneel (que é o órgão regulador do Setor Elétrico Brasileiro e quem define o valor máximo das tarifas a serem praticadas pela Cemig) propôs, no último dia 30 de janeiro, redução de 9,72% na tarifa média de energia da Cemig, que nos últimos sete anos acumulou reajustes de cerca de 270%. A agência irá agora analisar todas as sugestões e propostas para no dia 8 de abril decidir sobre o percentual que deve ser adotado pela empresa.

Estudos preliminares elaborados pelo Ministério Público Estadual (MPE), e pelas assessorias técnicas do deputado estadual Weliton Prado (PT), Sindifisco e Sindieletro-MG apontam que o índice poderia ser de pelo menos 15%. Hoje, a Cemig é uma das empresas mais rentáveis do setor, com lucro na faixa dos R$ 2 bilhões. A empresa nunca reduziu a sua tarifa.

A audiência reuniu representantes da Companhia, do Conselho de Consumidores, e a relatora do processo da revisão tarifária e diretora da agência reguladora, Joísa Campanher Dutra. Estiveram presentes também os integrantes do MPE, do Procon, além de líderes comunitários, donas de casa e estudantes. Participaram ainda os deputados estaduais Weliton Prado (PT), Carlin Moura (PCdoB), Elisa Costa (PT), Domingos Sávio (PSDB) e o deputado federal Elismar Prado (PT).

Tropa jovem tucana

Os altos preços praticados pela Cemig contou com uma claque para defender tais absurdos. A juventude do PSDB, coordenada pelo seu presidente Reinaldo Oliveira, procurava chamar a atenção entoando gritos a favor da Cemig, mesmo sendo uma empresa que, segundo o coordenador-geral do Sindieletro-MG, Wilian Vagner Moreira, “tem uma das tarifas de energia mais caras do mundo”.

Questionado pela reportagem o motivo da manifestação, um dos jovens explicou que estava ali a favor da Cemig porque o objetivo daquela audiência era “criticar o Aécio Neves pelo aumento da energia quando, na verdade, era o povo do PT que estava fazendo isso”. Sobre como ele e seus amigos chegaram até o local, contou que todos foram em um ônibus especial, “liberado pelo governador”.

Muito bem articulado com a sua turma e recebendo cumprimentos de deputados tucanos presentes à audiência, como Domingos Sávio, Reinaldo negou a informação de que o ônibus teria sido pago pelo governo estadual. “Quem trouxe o ônibus foi o PSDB”, disse. Segundo ele, foram três veículos alugados, que trouxeram uma média de 150 pessoas.

Reinaldo, que também se diz presidente de honra da União Nacional dos Estudantes Independentes (UNEI), contou que a decisão de irem à audiência havia sido tomada na noite anterior, durante uma reunião da executiva da Juventude do PSDB.

O deputado Carlin Moura repudiou a atitude do grupo que supostamente apoiava a Cemig e durante a sua intervenção convocou o povo mineiro a se mobilizar mais e exigir a redução de 15% da tarifa.

De Belo Horizonte, Rafael Minoro

Berzoini reafirma que política de alianças do PT só será definida dia 24 no DN

O presidente nacional do PT, Ricardo Berzoini, em nota divulgada nesta quinta-feira (6), rebateu as informações divulgadas na edição de hoje do jornal Estado de Minas de que a direção nacional já tenha decidido apoiar uma suposta aliança entre o PT e o PSDB para a disputa da prefeitura de Belo Horizonte.

Na nota, Berzoini deixa claro que as deliberações sobre tática eleitoral e política de alianças do PT para as eleições municipais só serão definidas na reunião do DN do próximo dia 24, em São Paulo.

“O caso específico de Belo Horizonte, juntamente com outras situações, deverá ser analisado pela direção nacional”, diz o presidente do PT.

Leia a íntegra da nota:

Nota de esclarecimento

O jornal “O Estado de Minas”, na sua edição desta quinta-feira, 6 de março, publica matéria intitulada “PT cede à dobradinha”, que contém entrevista com o dirigente partidário Romênio Pereira, onde a autora da reportagem utiliza a seguinte frase de abertura:”A tese da aliança entre petistas e tucanos na sucessão de Belo Horizonte ganhou uma importante aliada: a direção nacional do PT”

Diante de tal afirmação e do próprio conteúdo da reportagem que induz o leitor a conclusões equivocadas, esclareço:

1. A direção nacional do PT ainda irá se reunir no próximo dia 24 de março para deliberar sobre tática eleitoral e política de alianças para as eleições de 2008.

2.A direção nacional encaminhou, em resolução aprovada no dia 9 de fevereiro, às instâncias municipais do partido, uma avaliação sobre as forças políticas em disputa e que é preciso levar em conta a articulação entre os aspectos locais com a dinâmica política estadual e nacional. Assim, sobre o PSDB e o DEM, a resolução diz o seguinte:“O PSDB, nacionalmente, em aliança com o DEM, cumpre o papel de organizar a oposição política ao Governo Federal. Apesar de suas divergências internas, de uma crise de perspectivas e de eventuais disputas locais com o DEM, o PSDB tem optado por radicalizar a oposição sem quartel ao Governo Federal, colocando-se como alternativa em 2010 – escolha que adquiriu contornos ainda mais nítidos a partir da votação no Senado que resultou na extinção da CPMF. Para além de organizar a oposição política, o PSDB busca reafirmar o projeto neoliberal que marcou sua passagem pelo Governo Federal, colocando-se como alternativa programática ao nosso projeto e organizando as forças sociais que a ele se opõem.”

Portanto, nenhuma decisão sobre tática eleitoral ou política de alianças para 2008 foi tomada pelo Diretório Nacional, inclusive com relação ao caso específico de Belo Horizonte que, juntamente com outras situações, deverá ser analisado pela direção nacional.

Brasília, 6 de março de 2008.
Ricardo Berzoini
Presidente do PT

Lula destaca PAC nas favelas e diz que está otimista com votação do Orçamento

As obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) nas favelas são "de interesse de todo mundo" e, por isso, o orçamento deve ser votado nesta semana no Congresso Nacional. A avaliação é do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ao comentar nesta segunda-feira (10), no programa de rádio Café com o Presidente, as obras do PAC nas favelas, anunciadas na última sexta-feira (7).

"Eu estou convencido de que vão aprovar esta semana e vamos tocar o barco com muita normalidade", disse o presidente, ao ser questionado sobre a possibilidade de as obras do PAC ficarem comprometidas sem a votação do orçamento.

“Eu não posso crer que apenas eu queira trabalhar, e eles [os parlamentares] não. [...] Eu tenho certeza de que há disposição e vontade política do Congresso em votar. Mas eu estou convencido de que eles vão votar porque sabe a oposição e sabe a situação que o Brasil precisa do orçamento. Não é o governo que precisa do orçamento. O governo apenas gerencia. Quem precisa do orçamento é o povo brasileiro”, afirmou.

Os investimentos em urbanização de favelas, segundo Lula, chegam a R$ 40 bilhões e são, para ele, a forma que o Estado encontrou para “recuperar o prazer das pessoas morarem no lugar que escolheram para morar”. Para o presidente, a atual situação das periferias é reflexo da falta do poder público nestes locais nos últimos 50 anos.“Ao não fazer a intervenção com obras públicas, levando as coisas que o Estado tem que levar, as pessoas foram se apinhando, umas em cima das outras e as casas foram sendo amontoadas”, disse.

Ele lembrou que as obras estão começando em todas as capitais. Entre essas obras, Lula destacou a abertura de ruas, construção de postos policiais, hospitais, áreas de lazer e bibliotecas.

“Ou seja, nós vamos cuidar para que as pessoas tenham nas favelas onde moram as mesmas condições de vida que tem todo cidadão brasileiro que mora num bairro comum deste país”, destacou.

Ao se despedir, Lula disse que está “feliz da vida”. “Parece que a tensão baixou na América do Sul, ou seja, parece que os discursos deram lugar ao bom senso e parece que as coisas estão acontecendo com uma certa tranqüilidade”, comentou.

quinta-feira, 6 de março de 2008

Para Nassif, 'Veja' está num processo de deterioração moral

Por trás da escalada “neocon” da revista Veja, há uma trama que envolve dossiês falsos — “os planos Cohen da vida” —, lobbies com políticos e empresários, “assassinatos de reputações”, manipulações e outros desprezos à lei. Em entrevista ao Vermelho, Luis Nassif revela como e por que resolveu desmascarar a farsa, através do “dossiê Veja”, publicado em capítulos no blog Luis Nassif Online.

Por André Cintra e Priscila Lobregatte
Diz a série: o conservadorismo da maior revista semanal do Brasil ganhou ainda mais ênfase com a ascensão de Eurípedes Alcântara e Mario Sabino aos cargos, respectivamente, de diretor de Redação e redator-chefe. Com eles no comando, também tiveram projeção o editor especial Lauro Jardim, da seção “Radar”, e o colunista Diogo Mainardi. Estava formado o “quarteto de Veja”, responsável — segundo Nassif — pelo “maior fenômeno de antijornalismo dos últimos anos”.
O dossiê conta os bastidores e as evidências desse processo. Mostra as relações promíscuas entre Eurípides e o banqueiro Daniel Dantas, o clima bélico injetado por Veja contra jornalistas de outros veículos, a campanha ostensiva e golpista contra o governo do presidente Lula, entre outros descalabros. A repercussão é estrondosa. Da página de Nassif na internet, a série já é reproduzida em mais de 800 blogs.
Para Nassif, enfrentar a Veja é lutar em defesa do jornalismo. Mas o dossiê só tem êxito, segundo ele, porque a internet começou a democratizar a comunicação no Brasil, permitindo denúncias de abusos, além de contrapontos fora da grande mídia. E Nassif acredita que uma outra entrevista sua ao Vermelho, concedida em 2006, às vésperas do segundo turno das eleições presidenciais, “foi a primeira que rompeu com essa cortina de silêncio”.
Você já escreveu um livro (O Jornalismo dos Anos 90) para tentar explicar mudanças paradigmáticas da imprensa na última década. Após as eleições 2006, soltou o artigo “A longa noite de São Bartolomeu”, que é quase um apêndice do livro, com um resumo e atualizações a respeito dessas transformações. O que houve nesse período? Como e por que a grande mídia mudou?
O livro terminava relativamente otimista. Eu achava que, com o avanço do discernimento por parte dos leitores, a imprensa seria mais seletiva e mais rigorosa na apuração de notícias. Mas nos anos 90 e nesta década entre 2000 e 2010, ao menos até agora, ocorreu uma confluência de fatores que piorou muito o ambiente midiático.
Tivemos, de um lado, a crise das empresas jornalísticas, que cometeram o que chamamos de ato de fraqueza como forma de não só saírem da crise como também de enfrentarem um outro cenário adverso que viria pela frente. Cederam à mídia internacional, com grandes grupos entrando e um novo padrão sendo introduzido — e nossos homens da mídia eram sempre acostumados com um ambiente fechado, sem uma visão estratégica para sobreviver num ambiente de competição.
Isso levou a um pacto de autodefesa entre esses grupos, porque eles precisariam fazer parcerias também com grandes investidores. É aí que aparece a figura dos banqueiros dos anos 90, alguns bem barra-pesada, que passam a ser uma das bóias de salvação da mídia. E aí você vende a alma. Quando você vende a alma e tem essa falta de critério jornalístico em algumas publicações, você dá tanto poder para seus diretores que eles saem do próprio controle da organização.
Nessa série da Veja que estou fazendo, há muitos episódios que não têm Abril no meio. A Abril perdeu o controle. A comparação que faria é a de uma empresa que usa o caixa 2 e sistemas não-formais para poder conseguir negócios — e que perde o controle de quem está fazendo as coisas. Na Veja, você tem matérias que são muito estranhas. Você olha e diz: que justificativa tem para isso? É a Abril que está pedindo isso? São os diretores?
Você está nos dizendo que a “hierarquia militar” da Abril foi violada? Ou o Roberto Civita (presidente da Editora Abril) poderia intervir e não interveio?
O Roberto Civita foi alvo, em momentos passados, de ataques pessoais pesados. E aí vem um pessoal pistoleiro de reputação e oferece a chance de fazer com eles o que antes fizeram com o Civita. E então ele libera esses mastins para sair atacando todo mundo. O que acontece? Ele não é um cara ideológico. Esse negócio de dizer que os sócios sul-africanos é que estão levando a essa posição da Veja é mentira. O Civita é um sujeito que se guia pelo mercado e que se baseia muito no que acontece nos Estados Unidos.
E nos Estados Unidos tem início esse movimento neocon, de agressividade na linguagem. Ele pensou: “Vamos trazer isso para cá”. E entregou essa função para as piores mãos possíveis — um pessoal jornalisticamente incompetente e inescrupuloso no trato da informação. Começaram a radicalização, a grosseria, os ataques contra todo mundo e os beneficiamentos pessoais. O que aconteceu com o livro do Mário Sabino? Ele usou todo o ferramental disponível inclusive para mudar critérios dos livros mais vendidos e, assim, se beneficiar. Isso aí não é coisa da Abril. É inacreditável um negócio desses.
Se essa série tivesse saído no ano passado, o que eles alegariam? São os inimigos políticos da Veja, são os chapas-brancas E atrás desse discurso, dessa blindagem, eles faziam tudo. A qualquer crítica que surgisse, eles diziam: “Ah, são os chapas-brancas”. O Diogo Mainardi foi usado pelo Mário Sabino, é um doente. Foi utilizado para isso: se alguém chegar perto, cria a marca “é da equipe do governo”, “é chapa-branca”. Com isso, você libera a direção para fazer o que desse na telha.
Foi o que fizeram com o Franklin Martins, com a Tereza Cruvinel...
Você pega o Franklin Martins. Eles conseguiram jogar nos braços do governo o melhor jornalista político do país: “Ah, agora está provado que o Franklin era governista”. Provado coisa nenhuma! O Franklin ficou fora do mercado e foi trabalhar no governo. A Tereza Cruvinel era uma das melhores colunistas que havia. Começaram com esses ataques baixos, desqualificadores, e ela foi trabalhar no governo.
A questão toda não é somente os ataques, mas a maneira como os jornais reagiram a isso. No Globo, o (diretor-executivo de jornalismo) Ali Kamel fechou com eles. O que o Ali Kamel fez com o Franklin quando foi atacado? Rompeu contrato com ele. Isso foi uma deslealdade que intimidou todos os demais colunistas do O Globo. Na Folha, o Otavinho (Otávio Frias Filho, diretor de Redação) não saiu em defesa quando seus colunistas foram atacados. Não digo nem a mim — mas ao Kennedy Alencar, ao Marcelo Coelho e a outros.
Isso criou uma insegurança geral nos colunistas. Nos anos 90, havia diversidade jornalística dada por eles. Quando se cria essa guerra e essa unanimidade para derrubar o Lula — e se permite que os seus jornalistas sejam atacados —, você induz todos eles a fazerem discurso único por uma questão de sobrevivência profissional. Eu pulei fora.
Nos anos 50, havia um jornalismo bastante carregado de opiniões. Isso voltou tal como era antes ou você vê diferenças?
Voltou com tudo, inclusive com os planos Cohen da vida. Toda aquela manipulação, inclusive dossiês falsos, passou a ser usada. Isso é uma loucura! Estamos na era da internet, da comunicação, e a Veja passa a usar dossiês falsos, passa a misturar a notícia com fantasia.
Aquele negócio de dólares de Cuba é um exemplo. A qualidade da notícia deveria ser melhor até por uma questão de cautela. Se hoje não há mais aquele controle da informação que se tinha antes, você não pode se dar à imprudência de sair inventando história, porque vai ser desmascarado.
Há um capítulo do dossiê em que você diz que, a cada sucessão no comando da Veja, entram jornalistas cada vez mais desqualificados e incompetentes...
É. A Veja está num processo de deterioração moral. Recebo vários e-mails de jornalistas que trabalharam lá, e há um que fala que, a cada edição, morria de medo de involuntariamente fuzilar alguma reputação. Porque eles pegam as matérias e alteram tudo.
Existem vários exemplos de jornalistas que faziam parte de um grande veículo e que, agora, têm seus sites e blogs, estão “nadando contra a corrente”. Temos o Paulo Henrique Amorim e o Luiz Carlos Azenha, que eram da Globo. Há você, que saiu da Folha. A internet virou uma válvula de escape?
Vou falar da minha experiência. Na Folha, sempre procurei jogar no contrafluxo. Um exemplo foi a Escola Base. Esse negócio de não seguir a manada, para mim, sempre foi um oxigênio. Qualquer forma de restrição ao pensamento, para mim, é um terror. E a restrição ao pensamento pode vir da empresa, pode vir do governo ou pode vir do leitor.
Ao longo dos anos 90, um grande fator de restrição à imprensa foram essas pesquisas de opinião. Os jornais criavam um escândalo, o leitor queria mais daquele escândalo, e o jornal ficava prisioneiro daquela opinião do leitor que ele mesmo tinha criado. Era um círculo vicioso.
O que aconteceu nos últimos anos foi que você não podia mais jogar no contrafluxo por conta dessa frente que se formou contra o governo. Uma das características do jornalismo é que a capacidade que você tem de fazer um elogio é que te garante credibilidade e a eficiência quando você faz a crítica. Se for sistematicamente a favor ou sistematicamente contra, não se faz jornalismo.
Só que quando, começou aquela campanha maluca contra o Lula, você tinha que ficar sistematicamente contra. Tinha denúncia verdadeira? Tinha. Mas também havia denúncias falsas. O jornalismo coerente tinha que separar o falso do verdadeiro. Só que o patrulhamento foi um negócio tão intenso — e essa frente da mídia foi tão emburrecedora — que acabou essa diferenciação.
Quando fomos para a internet, o público que estava lá era o público dos jornais. Mas a internet também é uma armadilha; você tem que tomar cuidado para não ficar prisioneiro dela também. Meu público é 80% a favor do Lula. Mas, se você cede a esse público, você perde a liberdade.
Que pressões você sofreu na Folha?
Ali foram desgastes internos, que já vinha há algum tempo. Quando entrou a “guerra santa” e eu comecei a fazer o contraponto, gerei insatisfação e não teve jeito.
Existe na blogosfera um “ativismo jornalístico” cujos principais nomes seriam o seu, o do Paulo Henrique Amorim?
Isso aí é malandragem desse pessoal da Veja. Quando a Veja resolveu montar a blindagem para a revista, o álibi encontrado contra as críticas foi dizer que se formou uma frente contra ela. Quando comecei minha série, o Paulo Henrique ligou me apoiando. E eu falei: “Não me apóia”. Daí, quando eu lancei o primeiro capítulo, ele fez um carnaval lá, e eu publiquei uma coluna até deselegante com ele, mas não tive outro jeito. Falei que não tenho nada a ver com Paulo Henrique — só para deixar bem claro que não havia essa ligação.
Você pega esses blogs da Veja e tem lá: “Porque o iG tem o Paulo Henrique, o Mino, o Nassif...”. Isso é malandragem. Qualquer crítica que você faz, eles dizem: “Você está fazendo a crítica porque existe uma frente”. Então a maior precaução que eu tomei quando comecei a escrever foi deixar bem claro que não havia essa ligação.Trabalhei com o Paulo Henrique há alguns anos e, nos últimos dois ou três anos, encontrei com ele em uma ou outra palestra. Não tenho intimidade com ele, nem ele comigo. Fazemos tipos diferentes de jornalismo. Esse negócio de frente foi malandragem da Veja.
A discussão que quero ter é jornalística. A Veja tem o direito de ser de direita ou de esquerda — quem define é o dono. Não tenho a pretensão de achar que tenha que haver uma assembléia de jornalistas definindo isso. O jornalista, quando quer ter opinião, vem para a internet. Minha crítica é que a Veja não obedeceu aos princípios jornalísticos. Manipulou, jogou, assassinou reputações, atropelou a lei.
Quando foi entrevistado por nós, em outubro de 2006, você já dava indícios de que havia esses problemas na Veja, mas apenas passava de raspão. Falava nos superpoderes do Eurípedes, comentou também da relação entre a revista e o Daniel Dantas. Por que você resolveu abrir a tampa e ir a fundo só agora, chegando ao dossiê?
Olha, eu teria assunto para mais uns 15 dossiês, se eu tivesse tempo. O meu método de trabalho é um pouco diferente do da Veja. Quando, lá atrás, sofri o ataque da Veja, fui procurar entender o que estava por trás daquilo. Estava na cara que era o Mainardi atuando na defesa do Daniel Dantas, mas não estavam claras as ligações e quem era quem no jogo. Passei esse período todo tentando entender.
Depois que você coloca as peças no lugar, basta pegar todas as matérias que estão lá e ir encaixando. Há uns oito meses, comecei a dar uns cutucões na Veja e o blog desse rapaz ficou oito meses me atacando, dizendo que eu era ladrão. Dizia coisas inacreditáveis. Sabe aquela coisa de você encontrar o cara de madrugada, bêbado, e ele vem xingar sua mãe, seu pai (risos). Depois que você fecha a lógica, é só encaixar as matérias.
Você levanta quatro nomes à frente dessa linha na Veja – Eurípedes, Sabino, Jardim e Mainardi. Por que o Reinaldo Azevedo, outro radical, não entra nessa lista?
O Azevedo é menor. Você tem o Mário Sabino, certo? E o Reinaldo Azevedo é um Sabininho. Pegue o último capítulo da série que foi publicado, sobre os livros — que tem o Azevedo escrevendo resenha. Aquilo lá é só Sabino. Você pega o texto do Azevedo, pega um professor de literatura, e compara. São as impressões e as marcas do Sabino.
O que o Mario Sabino faz na Veja? Ele tem dois ou três ali que ele usa para atacar: o Sérgio Martins, o Jerônimo Teixeira, por exemplo. Ele altera os textos deles. No caso do Reinaldo, o Sabino dá o texto pronto. O Reinaldo é apenas uma caricatura. E isso é importante porque, sendo uma caricatura, ele deixa mais à mostra o que é esse jogo. Outro dia, ele escreveu sobre o Obama (Barack Obama, pré-candidato do Partido Democrata à Presidência dos Estados Unidos), descendo o cacete, e de repente a Veja sai com uma visão diferente. Ele entrou em pânico, porque ele não representa nada. Como caricatura, todos os defeitos da Veja ficam mais evidentes com ele. Mas ele é apenas um Sabininho.
E quem é Daniel Dantas? Como ele aparece na história?
Nos anos 90, você teve o avanço dessas colunas de negócios, que passaram a ser utilizadas como ferramentas de lobbies empresariais. Não estou generalizando. Isso começa a ficar muito pesado mesmo nos anos 90, e esses lobistas maiores passam a recorrer aos serviços de assessorias de imprensa barras-pesadas. Com o tempo, eles passam a entrar direto com seus jornalistas. A IstoÉ é um caso clássico de uso de jornalistas para jogadas comerciais. Só que quando se chega na maior revista do país, quando se atinge e coopta o seu centro, aí é demais.
O Daniel Dantas é o maior exemplo de como degringolou política no país. No dia em que ele contar suas histórias, não sobrarão grandes próceres tucanos e não sobrarão grandes figuras petistas também, nem jornalistas expressivos, Poder Judiciário. Ele conseguiu montar uma rede de influência inacreditável. Nos Estados Unidos, talvez no século passado houve esses abusos — mas a sociedade americana criou formas de autodefesa. Aqui não. Aqui se fecha em torno dos novos homens do dinheiro. Esse é um grande mal que o Fernando Henrique deixou para o país, um mal que vai ter — aliás, já está tendo — desdobramentos terríveis. E com a mídia se dispondo a fechar com eles, você tem uma parte relevante dos poderes institucionais que vão pro vinagre.
A mídia é muito poderosa, cria mitos inacreditáveis. O Mainardi é um exemplo. Começou-se a criar um mito de que ele seria o novo Paulo Francis. Mas quando você vê as coisas que ele escreve... E não estou entrando em juízo de valor, mas em juízo de qualidade. De repente, você o transforma num personagem. E, nesses grupos de autodefesa, você tem o Sabino elogiando o Ali Kamel, que elogia o Mainardi, etc. Ou seja, cria-se dentro da imprensa um negócio fora das estruturas de controle dos jornais, grupos de autopromoção que são uma coisa mafiosa. Destrói-se pessoa que não seja do grupo e passa-se a tentar criar reputações intelectuais.
Foi o que o Sabino faz na Veja, com essas manipulações com relação ao livro dele. Ele escreve e assina sobre o Otavinho, sobre o Ali Kamel. Mas, na hora de tentar destruir o Davi Arrigucci, o Silviano Santiago (críticos literários e professores acadêmicos), ele coloca outros para assinar. Tentaram destruir o (também crítico José Miguel) Wisnik, o Santiago, o Arrigucci. E quem são as novas personalidades intelectuais que surgem? Ali Kamel, Mário Sabino, Mainardi. É inacreditável! Mainardi! Duas das maiores organizações do país — Abril e Globo — passaram a ser manipuladas por três ou quatro pessoas, criando esses mitos. É uma loucura.
Então você tinha uma clara dimensão de onde estava se metendo quando iniciou o dossiê?
Quando entrei, me preparei para o pior. Vamos pegar um exemplo. Há oito meses, esse rapaz (Reinaldo Azevedo) me ataca. Há oito meses, o Reinaldo escrevia baixaria contra os professores da USP. Dava no Jornal Nacional e dava na Veja. Aí percebi que, quando começasse a série, eles usariam esse cara para me fazer ataques. Minha reputação continua a mesma. Estava até esperando coisa pior, que deve vir ainda.
Mas usei esses oito meses para preparar minha família. Dizia: “Olha, vão lendo isso aqui. Essa baixaria vai estar ampliada quando eu começar a cutucar esse pessoal”. Minha preocupação maior era com os meus familiares. Cada vez que minha mulher ficava mais horrorizada com os ataques, eu dizia: “Maravilha — estão se enforcando na própria corda”. Desse pessoal, eu esperava tudo. Acho que a Abril está um pouco mais cuidadosa do que eles. Mas, se dependesse deles, estariam falando da minha mãe, das minhas filhas. Eles não têm limites.
Por outro lado, para mim era terrível, como jornalista, essa história de ver um grupo que conseguia ficar incólume com superpoderes para injúrias e difamações. No jornalismo, em qualquer lugar democrático, toda vez que você vê manifestações de superpoder, ou essa arrogância, é um desafio para a gente. Mas ninguém queria desafiar por que? Porque os jornais foram covardes na hora de defender os seus profissionais.
Não tem nenhum jornalista neste país que respeite o jornalismo da Veja. Eles temem. Temem porque a Veja tem autorização para atirar em cima deles, e seus jornais não vão defendê-los. Foi o que aconteceu comigo na Folha. Quando eu saí de lá, eu falei: “Bom, agora estou por minha conta”. Esperei um tempo para o blog pegar e para a radicalização política diminuir, e aí comecei. Vamos ver no que vai dar.
Se bem que, logo depois do artigo do Leonardo Attuch contra você (“Nassif: o fracasso lhe subiu à cabeça”), o Otavinho deu uma declaração a seu favor...
Esse negócio de que fui demitido da Folha porque eu recebia propina — o blog deles estava há oito meses falando sobre isso. Os meus leitores vinham e diziam: “Você não vai responder?”. Não. Se responder, você vai dar munição para um cara desqualificado. Você vai desviar toda a discussão para se defender de maluquices.
O Attuch é conhecido. A Veja, no começo, o atacava — até que fizeram um acordo. Quando veio o ataque do Attuch, foi bom, porque aí o Comunique-se e a Imprensa procuraram o Otávio Frias Filho, e ele esclareceu tudo. Agora, você vê: foram oito meses em que os caras ficaram falando isso aí no portal da Veja, que é maior revista do país. Quer dizer, será que não tem nada de errado com a mídia? Se isso não for uma deformação completa, eu não sei o que é.
Sobre a Globo...
A Globo não tem a mesma baixaria da Veja. A Globo é Ali Kamel.
Mas tem essa questão da superexploração da febre amarela, das crises...
Isso é coisa do Ali Kamel. O jornal O Globo caminhava para ser o melhor do país. Aí entrou o Ali Kamel com essas maluquices dele: o caso da TAM, da febre amarela, apagão, atletas cubanos, etc. O Globo tinha tudo para ocupar o espaço que a Folha deixou e foi comprometido pelo Ali Kamel.
Essa situação tem a ver com a questão da concentração da mídia?
Tem tudo a ver, mas a internet já está democratizando a mídia. Eu recebi aqui alguns e-mails que falam do Mário Sabino brigando com a Folha. A característica desse pessoal é que são todos puxa-sacos. Eles elogiam suas empresas de um tal jeito... Qualquer ser humano com um mínimo de pudor teria vergonha. Faz parte desse perfil.
E é interessante quando você pega o Sabininho. Como ele é caricatura, fica ele todo dia falando do Victor Civita (fundador da Editora Abril), comovido. É inacreditável. Fico vermelho por eles. Aí tinha o Kamel mandando carta toda semana para a Folha, para atacar a Folha e defender O Globo. A Folha era o grande agente de tensão e exerceu um papel de equilíbrio muito importante. Num determinado momento, a Folha deixa de exercer esse papel, e cria-se um pacto tácito entre os jornais.
E eles acham que, com esse pacto fechando a atuação deles, nada do que não quisessem viraria notícia. Não se deram conta do fenômeno da internet. Esse foi o grande engano. Aquela entrevista que a gente fez, acho que foi a primeira que rompeu com essa cortina de silêncio. Isso é resultado do fenômeno da internet.
Fonte: Vermelho

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