PT Leopoldina - Diretório Municipal

segunda-feira, 10 de março de 2008

Audiência debate conta da Cemig, a mais cara do Brasil

Depois de uma intensa campanha pela redução do valor da conta da Cemig, que teve um dos prinicipais articuladores o deputado estadual Weliton Prado (PT), foi realizada nesta quarta-feira (5) uma audiência pública para discutir o tema. A convocação foi da ANEEL, que recebeu um abaixo-assinado com 500 mil assinaturas colhidas pela Campanha “Eu quero a conta de luz mais barata”.

Realizada no Auditório do Cefet, em Belo Horizonte, a audiência pública sobre o processo de revisão da tarifa da Cemig contou com a paticipação de mais de 500 pessoas. O deputado Carlin Moura marcou presença e convocou o povo mineiro a se mobilizar por esta luta.

O foco da audiência ficou em analisar as propostas apresentadas pela população para baixar o valor da tarifa. A Aneel (que é o órgão regulador do Setor Elétrico Brasileiro e quem define o valor máximo das tarifas a serem praticadas pela Cemig) propôs, no último dia 30 de janeiro, redução de 9,72% na tarifa média de energia da Cemig, que nos últimos sete anos acumulou reajustes de cerca de 270%. A agência irá agora analisar todas as sugestões e propostas para no dia 8 de abril decidir sobre o percentual que deve ser adotado pela empresa.

Estudos preliminares elaborados pelo Ministério Público Estadual (MPE), e pelas assessorias técnicas do deputado estadual Weliton Prado (PT), Sindifisco e Sindieletro-MG apontam que o índice poderia ser de pelo menos 15%. Hoje, a Cemig é uma das empresas mais rentáveis do setor, com lucro na faixa dos R$ 2 bilhões. A empresa nunca reduziu a sua tarifa.

A audiência reuniu representantes da Companhia, do Conselho de Consumidores, e a relatora do processo da revisão tarifária e diretora da agência reguladora, Joísa Campanher Dutra. Estiveram presentes também os integrantes do MPE, do Procon, além de líderes comunitários, donas de casa e estudantes. Participaram ainda os deputados estaduais Weliton Prado (PT), Carlin Moura (PCdoB), Elisa Costa (PT), Domingos Sávio (PSDB) e o deputado federal Elismar Prado (PT).

Tropa jovem tucana

Os altos preços praticados pela Cemig contou com uma claque para defender tais absurdos. A juventude do PSDB, coordenada pelo seu presidente Reinaldo Oliveira, procurava chamar a atenção entoando gritos a favor da Cemig, mesmo sendo uma empresa que, segundo o coordenador-geral do Sindieletro-MG, Wilian Vagner Moreira, “tem uma das tarifas de energia mais caras do mundo”.

Questionado pela reportagem o motivo da manifestação, um dos jovens explicou que estava ali a favor da Cemig porque o objetivo daquela audiência era “criticar o Aécio Neves pelo aumento da energia quando, na verdade, era o povo do PT que estava fazendo isso”. Sobre como ele e seus amigos chegaram até o local, contou que todos foram em um ônibus especial, “liberado pelo governador”.

Muito bem articulado com a sua turma e recebendo cumprimentos de deputados tucanos presentes à audiência, como Domingos Sávio, Reinaldo negou a informação de que o ônibus teria sido pago pelo governo estadual. “Quem trouxe o ônibus foi o PSDB”, disse. Segundo ele, foram três veículos alugados, que trouxeram uma média de 150 pessoas.

Reinaldo, que também se diz presidente de honra da União Nacional dos Estudantes Independentes (UNEI), contou que a decisão de irem à audiência havia sido tomada na noite anterior, durante uma reunião da executiva da Juventude do PSDB.

O deputado Carlin Moura repudiou a atitude do grupo que supostamente apoiava a Cemig e durante a sua intervenção convocou o povo mineiro a se mobilizar mais e exigir a redução de 15% da tarifa.

De Belo Horizonte, Rafael Minoro

Berzoini reafirma que política de alianças do PT só será definida dia 24 no DN

O presidente nacional do PT, Ricardo Berzoini, em nota divulgada nesta quinta-feira (6), rebateu as informações divulgadas na edição de hoje do jornal Estado de Minas de que a direção nacional já tenha decidido apoiar uma suposta aliança entre o PT e o PSDB para a disputa da prefeitura de Belo Horizonte.

Na nota, Berzoini deixa claro que as deliberações sobre tática eleitoral e política de alianças do PT para as eleições municipais só serão definidas na reunião do DN do próximo dia 24, em São Paulo.

“O caso específico de Belo Horizonte, juntamente com outras situações, deverá ser analisado pela direção nacional”, diz o presidente do PT.

Leia a íntegra da nota:

Nota de esclarecimento

O jornal “O Estado de Minas”, na sua edição desta quinta-feira, 6 de março, publica matéria intitulada “PT cede à dobradinha”, que contém entrevista com o dirigente partidário Romênio Pereira, onde a autora da reportagem utiliza a seguinte frase de abertura:”A tese da aliança entre petistas e tucanos na sucessão de Belo Horizonte ganhou uma importante aliada: a direção nacional do PT”

Diante de tal afirmação e do próprio conteúdo da reportagem que induz o leitor a conclusões equivocadas, esclareço:

1. A direção nacional do PT ainda irá se reunir no próximo dia 24 de março para deliberar sobre tática eleitoral e política de alianças para as eleições de 2008.

2.A direção nacional encaminhou, em resolução aprovada no dia 9 de fevereiro, às instâncias municipais do partido, uma avaliação sobre as forças políticas em disputa e que é preciso levar em conta a articulação entre os aspectos locais com a dinâmica política estadual e nacional. Assim, sobre o PSDB e o DEM, a resolução diz o seguinte:“O PSDB, nacionalmente, em aliança com o DEM, cumpre o papel de organizar a oposição política ao Governo Federal. Apesar de suas divergências internas, de uma crise de perspectivas e de eventuais disputas locais com o DEM, o PSDB tem optado por radicalizar a oposição sem quartel ao Governo Federal, colocando-se como alternativa em 2010 – escolha que adquiriu contornos ainda mais nítidos a partir da votação no Senado que resultou na extinção da CPMF. Para além de organizar a oposição política, o PSDB busca reafirmar o projeto neoliberal que marcou sua passagem pelo Governo Federal, colocando-se como alternativa programática ao nosso projeto e organizando as forças sociais que a ele se opõem.”

Portanto, nenhuma decisão sobre tática eleitoral ou política de alianças para 2008 foi tomada pelo Diretório Nacional, inclusive com relação ao caso específico de Belo Horizonte que, juntamente com outras situações, deverá ser analisado pela direção nacional.

Brasília, 6 de março de 2008.
Ricardo Berzoini
Presidente do PT

Lula destaca PAC nas favelas e diz que está otimista com votação do Orçamento

As obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) nas favelas são "de interesse de todo mundo" e, por isso, o orçamento deve ser votado nesta semana no Congresso Nacional. A avaliação é do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ao comentar nesta segunda-feira (10), no programa de rádio Café com o Presidente, as obras do PAC nas favelas, anunciadas na última sexta-feira (7).

"Eu estou convencido de que vão aprovar esta semana e vamos tocar o barco com muita normalidade", disse o presidente, ao ser questionado sobre a possibilidade de as obras do PAC ficarem comprometidas sem a votação do orçamento.

“Eu não posso crer que apenas eu queira trabalhar, e eles [os parlamentares] não. [...] Eu tenho certeza de que há disposição e vontade política do Congresso em votar. Mas eu estou convencido de que eles vão votar porque sabe a oposição e sabe a situação que o Brasil precisa do orçamento. Não é o governo que precisa do orçamento. O governo apenas gerencia. Quem precisa do orçamento é o povo brasileiro”, afirmou.

Os investimentos em urbanização de favelas, segundo Lula, chegam a R$ 40 bilhões e são, para ele, a forma que o Estado encontrou para “recuperar o prazer das pessoas morarem no lugar que escolheram para morar”. Para o presidente, a atual situação das periferias é reflexo da falta do poder público nestes locais nos últimos 50 anos.“Ao não fazer a intervenção com obras públicas, levando as coisas que o Estado tem que levar, as pessoas foram se apinhando, umas em cima das outras e as casas foram sendo amontoadas”, disse.

Ele lembrou que as obras estão começando em todas as capitais. Entre essas obras, Lula destacou a abertura de ruas, construção de postos policiais, hospitais, áreas de lazer e bibliotecas.

“Ou seja, nós vamos cuidar para que as pessoas tenham nas favelas onde moram as mesmas condições de vida que tem todo cidadão brasileiro que mora num bairro comum deste país”, destacou.

Ao se despedir, Lula disse que está “feliz da vida”. “Parece que a tensão baixou na América do Sul, ou seja, parece que os discursos deram lugar ao bom senso e parece que as coisas estão acontecendo com uma certa tranqüilidade”, comentou.

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